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AGÊNCIA CBIC

11/08/2017

Desempenho, inovação e produtividade são prioridades para as empresas do setor da construção

Disseminação do BIM e da Norma de Desempenho e implantação do novo siac permanecem na agenda da COMissão de materiais, tecnologia, qualidade e produtividade da cbic

Dar condições para que a empresa construa cada vez mais com foco no desempenho, na inovação e na produtividade é uma das prioridades da nova gestão da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (COMAT/CBIC). Em entrevista ao CBIC Mais, o presidente da COMAT/CBIC, Dionyzio Antônio Martins Klavdianos, destaca que o Building Information Modeling (BIM) será um dos temas de destaque da comissão no novo ciclo, iniciado no último mês de julho. Sobre a Norma de Desempenho (NBR 15575/2013), Klavdianos ressalta a dedicação dos representantes da cadeia produtiva do setor da construção em disseminar os seus princípios, desde o início da sua vigência, e que consultoria especializada analisará o que deve ou não ser revisado no conteúdo da Norma, quando houver o chamamento por parte da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Confira a entrevista:

CBIC MAIS: Quais são as prioridades da gestão da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC para este novo ciclo de atividades?

Dionyzio Antônio Martins Klavdianos: Embora pareça óbvia, a prioridade continua ser a de dar condições para que o construtor construa com melhor qualidade, menos custo e mais rápido, com foco total em desempenho, inovação e produtividade.

C.M: Quais temas terão maior ênfase na agenda da COMAT nesse período?

D.A.M.K: Pela dimensão nacional que tomou o tema, pela quantidade de parcerias seladas, pela sensibilização do governo, pela necessidade em destrinchar o tema para o nosso associado e pela esperança que temos no software e no sistema de gestão por ele viabilizado, o BIM é hoje o tema principal. Todavia, há outros que também evoluirão, tais como acompanhamento das normas técnicas, implantação do novo SiAC adaptado aos preceitos da norma de desempenho, além da própria Norma de Desempenho, que neste ano e no próximo contará com atenção especial da comissão, visto que, aproxima-se o tempo mínimo necessário, previsto pela ABNT, para o início das discussões sobre eventual revisão da ABNT- NBR 15575.

C.M: A Norma de Desempenho (NBR 15.575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho), completará cinco anos em 2018. Como a COMAT avalia a evolução do desempenho no País após a norma?

D.A.M.K: Que foi completamente favorável, a bem da verdade, até acima das melhores expectativas. Deve-se levar em conta dois aspectos na análise; o setor da construção civil como um todo não dá a atenção devida que deveria ao assunto da

qualidade da obra e ao seu desempenho e nos últimos três anos passamos por uma crise braba. Mesmo com estas duas dificuldades a cultura de respeito à nova norma deslanchou e praticamente a totalidade das entidades representativas do setor da construção; construtores, fabricantes, projetistas e academia assumiram a luta e mantêm em curso ações de divulgação e ensino de seus princípios.

Uma gama de materiais e sistemas hoje já se encontram dentro dos padrões requeridos e construtores procuram construir e cobram projetos que estejam de acordo com o conteúdo da norma técnica. Em parceria com o Sinduscon-MG, a CBIC acompanha o lançamento de publicações relacionadas ao tema. Em 30 de maio de 2017, o número era de 41 publicações, o que não é pouco num país em que literatura técnica não é tão disseminada. Neste ano, lançamos no 89º Enic, em parceria com todas as entidades do setor relativas ao tema, a publicação “Esquadrias para Edificações – Desempenho e Aplicações”, um marco, se considerarmos que há cinco anos atrás este produto, determinante para a vedação das obras, era o mais criticado. Outra prova de que a evolução é firme é a revisão do SiAC, que entra em vigor neste semestre, levando em conta os preceitos da Norma de Desempenho e o recente trabalho desenvolvido por todas as entidades do setor, sob a coordenação do Ministério das Cidades, que criou os novos cadernos de encargos adaptados à Norma de Desempenho (NBR 15575) utilizados para a contratação de financiamento público na construção de moradia popular. A partir de agora, o construtor que utiliza dinheiro público para a construção de seu empreendimento deve construir seguindo os parâmetros da Norma de Desempenho.

C.M: A Comissão planeja alguma ação em torno desse tema?

D.A.M.K: Sim, vamos contratar consultoria que nos permita desde logo coletar informações do setor, em todo o Brasil, acerca do que deve ser revisado no conteúdo da Norma quando for deflagrado o processo de chamamento por parte da ABNT. Este trabalho auxiliará a todos os interessados na revisão, e não só a CBIC.

C.M: Quais os avanços obtidos para o setor após a aplicação da Norma de Desempenho e qual a importância da adoção das normas?

D.A.M.K: Espero que o maior possa ser logo obtido com a conclusão de obras da fase 3 do PMCMV, que devem ter sido contratadas já com as exigências de seguimento dos preceitos da Norma de Desempenho. No Brasil, onde é tão difícil para a classe menos favorecida obter a casa própria, temos a obrigação de oferecer moradia com boa qualidade e desempenho, mesmo sabendo que o preço pago por elas nos programas públicos de moradia não são os mais justos para o construtor. Mas em todas as regiões do Brasil foi verificado o esforço dos construtores no sentido de se capacitar e cobrar capacitação dos fornecedores, contratar consultoria técnica e ensaios para verificar se estavam adequados ou o que precisava ser feito para que se adequassem a algum dos três níveis de desempenho exigidos pela norma técnica. Esses empreendimentos, à medida que são entregues, minimizam a quantidade de litígio entre construtor e cliente referente a patologias de pós obra.

C.M: O Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade tem premiado soluções inovadoras que contribuem para a modernização da indústria da construção. A COMAT/CBIC pretende requalificar o prêmio já em sua 22ª edição. Quais as mudanças previstas?

D.A.M.K: No meu entender falta ser mais difundido dentro do setor. Nossa tarefa mais importante é mobilizar um número maior de participantes, notadamente a indústria fornecedora. Empresas que têm a inovação como marca registrada e atuam no setor ainda não participam. Aqui também é importante levar em conta a forte recessão porque passa o setor, ninguém quer investir em inovação nesta hora, apenas sobreviver ou tocar o barco.

C.M: Qual a importância do trabalho da COMAT/CBIC para o desenvolvimento das empresas do setor da construção e, consequentemente, do País?

D.A.M.K: Total. Fazendo uma analogia com uma família, é como se fôssemos o pai. Como incutir preceitos de qualidade, desempenho, inovação, produtividade aos filhos, construtoras associadas, se não damos o exemplo?

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