Vendas no mercado interno crescem 8,5% até agosto

Jornal Valor Econômico – 12/09/2012

VENDAS NO MERCADO INTERNO CRESCEM 8,5% ATÉ AGOSTO

O mercado nacional de cimento continua firme, apesar da desaceleração da economia brasileira. Puxadas pela demanda do setor imobiliário e por obras de infraestrutura, as vendas das fabricantes instaladas no país fecharam agosto com alta 7,3%, em 6,35 milhões de toneladas, na comparação igual mês de 2011.

De janeiro a agosto, as fabricantes locais venderam 45,2 milhões de toneladas, volume que representou 8,5% de crescimento em relação ao mesmo período de 2011. A expectativa é que o setor feche o ano com cerca de 68 milhões de toneladas comercializadas. Outros fatores atribuídos ao aumento de consumo de cimento no país é maior renda do brasileiro e condições de financiamento para reforma, construção e compra da casa própria, além do programa de habitação popular do governo.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas por dia útil em agosto atingiram 254 mil toneladas, uma alta de 4,2% sobre o mês imediatamente anterior e, de mais de 7% comparado com um ano antes.

A previsão de aumento da demanda, ajustada pelo SNIC em meados do ano, é de 6% sobre o volume vendido em 2011, de 63,88 milhões de toneladas.

A entidade, que reúne dez grupos fabricantes, de um total de 14 com operações no país, informou que no período setembro/2011 a agosto/2012 foram comercializadas 67,4 milhões de toneladas. Na comparação com os mesmos 12 meses anteriores, esse volume significou expansão de 8,1%.

Desde 2007, o setor vive uma forte onda de investimentos. Saiu de pouco mais de 60 milhões de toneladas de capacidade para quase 80 milhões no início deste ano. Chegou a importar produto para atender o consumo, principalmente no Nordeste. Neste ano, não deve passar de 500 mil toneladas.

A origem do cimento vendido pelas empresas até agosto foi puxada pelo Nordeste, com 18% de alta (alcançando 8,9 milhões de toneladas). A seguir vieram Centro-Oeste, com 11,5% (5,13 milhões de toneladas) e Sul, com 10,8% (6,7 milhões de toneladas). No Sudeste foram 4,3% de crescimento. Ou seja, a produção dessa região foi praticamente destinada ao seu próprio consumo.