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AGÊNCIA CBIC

22/01/2014

Valor máximo dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida será ampliado no CE

"Cbic"
22/01/2014

O Povo – Ceará

Valor máximo dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida será ampliado no CE

MCMV 

 André Montenegro, que será empossado amanhã como presidente do Sinduscon, diz que, a partir de março, o Estado injetará recursos no Minha Casa, Minha Vida, ampliando valor máximo dos imóveis

O teto para valor dos imóveis contratados pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) vai subir no Ceará. Quem afirma é o novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, que será empossado em cerimônia na Federação das Indústrias (Fiec).

Até março, conforme André, o Governo do Estado começará a subsidiar os imóveis cujo valor ultrapasse o teto federal — que é de R$ R$ 170 mil em Fortaleza, variando no Interior de acordo com o número de habitantes do município. O prazo é confirmado pelo secretário das Cidades, Carlos Ferrentini.

O valor máximo que o Estado poderá aportar por unidade depende de avaliação da Caixa Econômica e ainda não está definido. "Acho que até R$ 10 mil o Estado poderá complementar. Mais que isso não", diz André. O valor de que o Estado dispõe para aportar no MCMV é em torno de R$ 200 milhões, vindo de financiamento federal. Com a participação do Estado, André espera que sejam entregues mais 19 mil unidades do Programa — além dos 20 mil já vendidos — que somariam cerca de R$ 2,5 bilhões em vendas.

Para o setor como um todo, 2014 é um ano de lançamentos segundo André. A expectativa é de que o setor movimente R$ 8 bilhões. Essa oferta deve acalmar o mercado, ajudando a estabilizar preços. "O preço não vai cair, não vai deixar de subir. O que vai acontecer é que vai subir menos".

Em entrevista ao O POVO , concedida ontem em canteiro de obras da sua construtora, a Morefácil, André falou de perspectivas de mercado, metas e desafios do setor.

– Como o senhor está recebendo o Sinduscon?

André  – Estou recebendo o Sindicato muito melhor do que o Roberto Sérgio (o antecessor) recebeu. Nesse período de seis anos o sindicato cresceu muito. Com esse boom da construção, nós passamos de 220 associados pra 637 associados. Isso aumenta também as responsabilidades.

OP  – Quais as metas para atendê-las?

André  – Estamos fazendo uma reforma administrativa. Temos uma plataforma de pilares que devem ser trabalhadas, as principais são capacitação, produtividade, sustentabilidade e valorização do associado — vamos nos reunir com cada um. Vamos fazer também uma convergência de demanda, o acompanhamento de obras das filiadas em cada órgão.

OP  – Isso significa o acompanhamento da burocracia das concessionárias?

André  – É. Por exemplo, as empresas que têm problemas na Coelce mandam para o Sindicato suas demandas para a gente resolver com a própria Coelce. Queremos fazer isso também com Cagece, Semace, Seuma, Bombeiros, cartórios. Aí acabamos com o disse me disse: a empresa diz que a Seuma não libera alvará e a Seuma diz que a empresa não mandou documentação completa.

OP  – Há mudanças estruturais dentro do Sindicato?

André  – Criamos um núcleo técnico para discutir plano diretor, norma técnica… Implantamos também um núcleo de estatística. Hoje, não temos estatística para orientar nosso associado.

OP  – O senhor ressalta o crescimento no número de associados na gestão do Roberto Sérgio. Qual a sua meta?

André  – Podemos chegar ao dobro de associados. Na Junta Comercial temos entre 1.300 e 1.400 empresas. Mas muitas dessas empresas são empreendedores individuais. Então nossa meta é chegar a 1.000 associados.

OP  – Como está a inserção política do Sinduscon?

André  – Somos o segundo maior sindicato (da Construção) do Brasil. São Paulo é o maior. E nós vamos pleitear um peso político dentro da CBIC. Também queremos firmar nossa posição dentro da Fiec. Hoje, possuímos quatro membros na diretoria executiva, que são nove ao todo. Temos dois vice-presidentes e dois diretores. Queremos colocar lá um presidente do nosso setor. Queremos colocar mais um vice-presidente e mais uns cargos. Somo o maior sindicato da Fiec.

OP  – E com o poder público?

André  – Queremos propor projetos. Eles atingem diretamente a gente. Uma obra de mobilidade deixa uma área mais valorizada. Eu quero contribuir com isso, com os espaços públicos.

OP  – Isso significa que vocês baterão à porta da Prefeitura com projetos? Do Estado?

André  – Estamos abertos a tudo. Mas eu acredito que para as coisas darem certo, para serem sustentáveis, precisa haver uma troca. Por que não fazer uma parceria púbico-privada (PPP)? Hoje, tudo tem que ser PPP porque o poder público não vai ter dinheiro para fazer tudo. Se não for assim, não funciona. Se eu der o projeto, quem vai construir, quem vai manter? Esse negócio de caridade não é sustentável.

OP  – O teto dos imóveis ainda é problema no MCMV?

André  — O projeto andou um pouco. Estamos aguardando uma promessa do governador Cid Gomes, que é a contrapartida. Porque os preços aumentaram muito e o teto do Minha Casa, Minha Vida ficou baixo – R$ 63 mil na Região Metropolitana e R mil no Interior. Aí o Estado sinalizou que complementaria os recursos do Governo Federal, aportaria a diferença entre o teto e o valor do imóvel.

OP  – Esse projeto não é novo. Por que não está sendo executado?

Andre  – Por causa de burocracias. O Estado fez um empréstimo chamado CPAC (Contrapartida do Programa de Aceleração do Crescimento). Isso está rolando desde o ano passado, mas já está aqui. O deputado Camilo Santana (ex-secretário das Cidades) levantou a possibilidade de os contratos serem assinados até o começo de março.

OP  — Se ainda não é executado, por que houve melhora?

André  – Tínhamos 39 mil unidades para contratar, já contratamos 19 mil. Ainda têm 20 mil para contratar. Assim que sairem esses recursos, a gente contrata tudo. Os avanços foram pelas quebras de paradigmas. O Governo do Estado instituiu comitê para superar entraves burocráticos, reuniu os órgãos. Esse comitê ajudou a resolver entraves.

OP  – O Estado pode completar em até quanto os imóveis?

André –  É um programa do Estado, mas tem que ser atestado pela Caixa. Porque não pode ser ilimitado esse complemento. Acredito que Governo possa aportar até R$ 10 mil por unidade. Mais que isso não. Com R$ 200 milhões, o Governo do Estado consegue alavancar em R$ 2,5 bilhões o setor (valor estimado pela venda das 19 mil unidades).

OP  — Existe uma expectativa de que o preço dos imóveis na Capital caia. Isso procede?

André  – Todo mundo acha que o preço vai cair depois da Copa. Mas a Copa não tem nada a ver com boom imobiliário. Ajuda porque valoriza o entorno das obras, mas eu não compro imóvel por causa da Copa. O preço não vai cair, não vai deixar de subir. O que vai acontecer é que vai subir menos. Por que vai cair? O preço do insumo não vai cair, o do terreno também não.

OP  – Se não vai ficar mais barato, vai ficar mais fácil? Isso na perspectiva de que os imóveis se valorizem num ritmo mais lento que o crescimento na renda…

André  – Isso vai. Vai chegar uma hora em que a velocidade de vendas também deve diminuir. Esse ano se espera contratar 6,8 bilhões de lançamentos. Sem conta com os pequenos — que constrói quatro casinhas por exemplo — aí dá uns R$ 8 bilhões. É uma oferta muito grande, o que deve dá uma equilibrada na demanda.

OP  — Esse crescimento é na quantidade de contratações ou valor dos imóveis?

André  – Mais quantidade que valor. Em 2012, ninguém entregou nada. Em 2013, melhorou. Em 2014, vai deslanchar.

Multimídia 

 Veja entrevista de André Montenegro ao programa Vertical S/A hoje às 7h na TV O POVO (48 UHF, 23 Multiplay e e )



"Cbic"

 

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