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AGÊNCIA CBIC

06/11/2013

Superintendente regional do trabalho é indiciado pela PF por corrupção

Construções suspeitas

01/11/2013 | 19h46

Heron Oliveira, ex-deputado estadual pelo PDT, é suspeito de receber vantagens de empresa que estaria envolvida em esquema para liberação de obras embargadas Adriana Irion [email protected]

O superintendente regional do Trabalho no Estado, Heron Oliveira, foi indiciado nesta sexta-feira pela Polícia Federal por corrupção passiva e formação de quadrilha.

Oliveira é um dos investigados no esquema que facilitaria o fim de embargos a obras a partir da atuação de fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego. Em troca da liberação de construções, empresários pagariam propina a agentes públicos.

Na quinta-feira, a PF deflagrou a Operação W e um dos locais em que houve buscas foi o gabinete de Oliveira, em Porto Alegre. Durante as investigações, foi apurado que ele tinha relação próxima com Antônio Barata, dono da Worker Engenharia. Há indícios de que Oliveira recebia vantagens de Barata e que seria conhecedor do esquema.

Uma obra só pode ser liberada, desembargada, por decisão do superintendente. E a Worker atuava justamente nessa área, oferecendo consultoria a construtoras com obras embargadas. Dos três suspeitos presos na quinta-feira, só Barata segue recolhido.

Um auditor-fiscal e um servidor administrativo da SRTE, também indiciados por corrupção passiva e formação de quadrilha, foram soltos na tarde desta sexta-feira. Na casa do auditor, policiais apreenderam R$ 55 mil escondidos em uma caixa de uísque.

O auditor atuaria criando dificuldades a obras de grande porte a fim de que a Worker fosse contratada.

— O auditor suspeito tinha a função de ser severo nas fiscalizações, criar dificuldades para depois vender a facilidade. Depois dele embargar, a Worker aparecia oferecendo serviço, uma espécie de salvo-conduto para o construtor — explicou o delegado Aldronei Rodrigues.

A investigação da PF, conduzida pela Unidade de Combate aos Desvios de Recursos Públicos da PF, deveria prosseguir, mas a operação teve que ser deflagrada para evitar um atentado contra um auditor que não participava do esquema.

Ele se preparava para fiscalizar a obra de um shopping em Gravataí. Por meio de interceptações telefônicas, a polícia flagrou um plano para que o auditor sofresse um acidente a caminho da obra.

Um caminhão deveria colidir no carro dele. O serviço custaria R$ 50 mil. Um dos empresários responsáveis pela obra em Gravataí também já prestou depoimento. Ele saberia do plano, que teria sido arquitetado em parceria com Barata. Se a obra em Gravataí não sofresse interdição, a Worker lucraria em torno de R$ 110 mil, segundo investigações.

Desde a quinta-feira, Zero Hora tem tentado falar com Heron, mas não obteve retorno. A Worker também não deu retorno.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Trabalho e Emprego comunica que ainda não foi informado oficialmente pela Polícia Federal do indiciamento do superintendente Heron Oliveira. Recebendo as informações, abrirá uma sindicância interna para averiguar o caso e definir quais providências serão tomadas.

Fonte: Zero Hora

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