Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

14/10/2011

Setor espera expansão de 8% este ano

"Cbic"
14/10/2011 :: Edição 197

 

DCI OnLine/SP 14/10/2011
 

Setor espera expansão de 8% este ano

A indústria do cimento ainda não sentiu o impacto das obras da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016. Mesmo assim setor espera crescer cerca de 8% neste ano, de acordo com projeções do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Para a entidade, entretanto, as vendas só devem ser alavancadas mesmo quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sair efetivamente do papel. "Os eventos são acontecimentos pontuais e não têm efeito tão forte sobre o mercado por um longo prazo", afirma o presidente da entidade, José Otávio Carneiro de Carvalho.
 Independente disso, o setor tem avançado e registrou vendas 7,7% maiores em setembro comparado ao mesmo mês do ano passado, chegando a 5,8 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a evolução é idêntica, uma vez que a comercialização atingiu 47,2 milhões de toneladas, ante os 43,8 milhões.
 "Após quatro anos de forte demanda, agora teremos taxas de crescimento menores, mais coerentes com a nossa economia", acredita Carvalho. Segundo o executivo, eventos como a Copa e as Olimpíadas, além do pré-sal, não devem ser as grandes alavancas do setor. Ele afirma que tais obras apenas antecipam os aportes, diferentemente de programas mais sustentáveis, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Construção habitacional foi a grande responsável pelo faturamento do setor nos últimos cinco anos", avalia Carvalho. Além disso, o executivo destaca que o aumento da renda da classe média também contribuiu para incentivar a indústria cimenteira.
 A Holcim espera acompanhar o crescimento previsto para o setor neste ano, devendo comercializar 4,8 milhões de toneladas de cimento em 2011, o que representa aumento de 8% em relação a 2010. "Nossa demanda está aquecida e ainda não sentimos os efeitos da crise", afirma o diretor de Assuntos Corporativos da empresa, Carlos Eduardo Garrocho de Almeida. O lucro líquido da Holcim pode subir quase 10% neste ano, de acordo com projeções da empresa. Ano passado, o montante ficou em R$ 1,3 bilhão.
 Almeida salienta que a produção e as vendas de cimento caminham juntas porque este insumo é muito perecível, portanto, quando a comercialização desacelera, imediatamente a produção também coloca o pé no freio. Almeida destaca que as mudanças climáticas trazem períodos de problemas, prejudicando o andamento da construção civil. "Dependemos do regime de chuvas, que influencia no nosso setor em curtíssimo prazo", diz.
 O que não deve gerar grandes impactos na produção e no faturamento da empresa, de acordo com Almeida, são as obras para os mundiais esportivos e o pré-sal. "Os jogos são importantes, mas não sustentam a indústria", acredita Almeida. Ele afirma que o País necessita de uma política de crescimento sustentável e de longo prazo, que reserve mais investimentos, principalmente para obras de infraestrutura.
 Com capacidade de produção de 5,3 milhões de toneladas anuais, a Holcim opera, em 2011, com nível de 90% de ocupação. Recentemente, a empresa anunciou o maior aporte de sua história no Brasil. Para ampliar em 50% a capacidade total de produção de suas unidades no País, serão destinados US$ 800 milhões somente para a planta de Barroso (MG), quantia a ser utilizada nos próximos três anos.
 Mais crescimento
 Com a maior fatia do mercado, a Votorantim Cimentos espera crescer neste ano em linha com o restante do setor, ou seja, de 7% a 8%, conforme dados divulgados pela companhia em nota. Em 2011, a empresa deve produzir e comercializar mais de 30 milhões de toneladas de cimento, ante os 26 milhões de toneladas registrados em 2010. Para este ano, a Votorantim promete entregar seis novas fábricas no Brasil. No período de 2007 a 2013, a empresa pretende realizar o maior aporte de sua história, R$ 5 bilhões, para consolidar as 22 fábricas.
 De acordo com a Votorantim, a capacidade de produção da empresa, em 2013, deve atingir 42 milhões de toneladas de cimento por ano. Atualmente, chega a 27 milhões de toneladas anuais.
 Conforme dados do SNIC, a produção total de cimento no País deve girar em torno de 33 milhões de toneladas anuais até 2016. "Apesar da alta demanda, continuaremos cautelosos quanto à crise internacional. O momento é de incertezas", afirma o presidente da entidade. A oscilação cambial pode ser um fator negativo para o setor devido à cotação do coque de petróleo, componente importante na produção do cimento. Apesar disso, esse insumo continua sendo uma das maiores alavancas da economia e do crescimento do País.
"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Maio/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon-Norte/PR
Sinduscon-Oeste/PR
Sinduscon Chapecó
Sinduscon – Grande Florianópolis
Sinduscon – Norte
Sinduscon-RR
Ademi – DF
Sinduscon-RO
Sinduscon-CE
Associação Nacional de Correspondentes Caixa Aqui
ADEMI – BA
Sindicopes
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea