Secovi cobra maior agilidade da Prefeitura

A dois meses do fim do ano, o setor imobiliário já faz as contas e projeta vendas de R$ 2,9 bilhões, em 2011, montante 11,5% superior aos R$ 2,61 bilhões registrados no ano passado. No entanto, o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) mensal e as ofertas de imóveis caíram de 12,6%, e de 14.228 unidades, no ano passado, para 8,9% e 9.464 imóveis, em 2011, respectivamente. Em 2010, foram lançados 72 empreendimentos, enquanto até o primeiro semestre de 2011, apenas 28.

 Diante dos números, representantes da construção civil e do setor imobiliário cearense reuniram-se ontem com a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, para cobrar maior celeridade dos órgãos municipais na aprovação de projetos e liberações de obras. "A aprovação de um projeto hoje, em Fortaleza, incluindo os trâmites nos cartórios, leva um ano e meio" , apontou o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis do Ceará (Secovi-CE), Sérgio Porto.

 Central de Análises

 Segundo ele, a saída passa pela instalação de uma central de análises e aprovação de projetos, reunindo em um único local, todos os órgãos deliberativos de um empreendimento imobiliário (Seman, Sefin, Corpo de Bombeiros, Cagece, Coelce, Crea etc). "Foi isso que viemos pedir à prefeita", explicou Porto, após almoço do grupo com a chefe do Executivo municipal. "A ideia é criarmos um fórum de debates para tratar de assuntos imobiliários, a exemplo do que existiu na época da ex-prefeita Maria Luiza", sinalizou Luizianne Lins. "Essa seria uma forma de estreitar as relações entre o poder público e o setor imobiliário, agilizar os projetos e fazer justiça fiscal", afirmou a prefeita. "Fortaleza é a cidade mais adensada, que tem o maior número de pessoas por metro quadrado, do Brasil", confirmou Luizianne.

 Cone aéreo

 Ainda como parte do "menu", Sérgio Porto apresentou à prefeita uma proposta de revisão do Cone Aéreo, (área restrita ao tráfego de aeronaves), que segundo ele estaria "estrangulando" o mercado imobiliário cearense. "Pelo cone aéreo, há áreas em que só são permitidos prédios com nove andares, quando em Fortaleza são permitidos 22", destacou Porto.

 "Vou entrar em contato com as pessoas envolvidas com a regulação; a Anac, o Ministério da Aeronáutica, para vermos quem tem, de fato, autoridade para legislar e regulamentar a altura (dos prédios), e se de fato está prejudicando o mercado imobiliário, com está reivindicando o Secovi", respondeu a prefeita.

 IPTU

 Em entrevista ao telejornal da TV Diário, na manhã de ontem, a prefeita Luizianne Lins confirmou que a legislação que altera o Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbano (IPTU) da Capital não será alterada este ano. A informação já tinha sido adiantada com exclusividade, em matéria do Diário do Nordeste, do último dia 26.