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AGÊNCIA CBIC

18/03/2013

Reabilitação do centro, agora vai

"Cbic"
18/03/2013

O Estado de S. Paulo

Reabilitação do centro, agora vai

No final de fevereiro, e acima de vieses partidários, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad demonstraram firme determinação em recuperar o centro expandido da capital paulista, por meio da assinatura de um protocolo de intenções. Trata-se do maiorprograma de requalificação urbana e de inclusão social de que se tem notícia na história recente do País, e que irá "repovoar" o centro com a produção de 20 mil moradias, viabilizadas por uma Parceria Público-Privada (PPP).
Apesar de a região abrigar praticamente 1/5 dos empregos de São Paulo e ter completa infraestrutura urbana, poucas pessoas moram nolocal. Quando a noite vem, o centro hiberna. O pulso fica fraco. A vida esmaece. É preciso despertá-la, colocando gente para viver lá.
O investimento para a produção dos novos conjuntos habitacionais é da ordem de R$ 4,6 bilhões. O Estado entra com R$1,6 bilhão; o Município, com R$ 400 milhões; e a iniciativa privada, com R$ 2,6bilhões. Ainda é considerado possível aporte do governo federal, pormeiodo programa Minha Casa, Minha Vida.
Para o setor imobiliário, a iniciativa se constitui em grande oportunidade.
Há anos, se não décadas, o Secovi-SP, o sindicatoda habitação,vem propugnando por medidas que requalifiquem o centro, devolvendo à população a mais nobre área da cidade, hoje mergulhada em processo de contínua degradação.
Até então, nada saiu do papel. Tivemos a Operação Urbana Centro, que inclusive contaria até com o ingresso de recursos estrangeiros. Mas nada aconteceu. Depois surgiu o Projeto Nova Luz, que também não avançou.
E qual é o interesse imobiliário nessa área? Obviamente, éter espaço para produzir imóveis. Mas há um interesse maior. Estamos falando de revitalizar toda uma região importante para a história de São Paulo, ter um centro mais bonito, mais vivo, que deixe de ser uma imensa mancha urbana subutilizada. Uma mancha que, até então, atestava a incompetência do poder público e da própria sociedade em enfrentar essa questão e, definitivamente, deixar de desperdiçar bairros que devem estar a serviço de todos, cumprindo sua função civilizatória.
O centro tem inúmeras unidades abandonadas que podem ser recuperadas, inclusive nas áreas contíguas às linhas férreas, corredores e grandes avenidas. São galpões e prédios que podem ser objeto de retrofit, ou mesmo demolidos, abrindo espaço para projetos urbanísticos que, além das edificações, contemplem praças e outros equipamentos.
E anima o fato de haver entendimento comum quanto aos imóveis terem uso misto. Isso significa que estarão em permanente atividade. Edifícioresiden-cial com térreo ocupado por comércio é a equação que temacaradaregião.Vide o Edifício Copan. Aliás, essa equação já está sendo adotada em empreendimentos de outras localidades.
Outro aspecto importante na requalificação do centro é o impacto na mobilidade. Com oferta de moradia a preço acessível, muitos que ali trabalham terão motivos para mudar de casa. Com isso, milhares de deslocamentos serão eliminados, aliviando nosso caótico trânsito. Aliás, é fundamental que os imóveis ofertados sejam tão plurais como as pessoas que trabalham naregião. A prioridade natural é para as faixas de menor renda, mas os empreendimentos devem considerar todas as classes sociais. É essa mistura enriquecedora que tornará o local extremamente atrativo. É preciso, no entanto, atentar para a zeladoria. Ninguém quer morar num bom apartamento cujo entorno é inóspito, com lixo na rua, falta de iluminação e de segurança pública. E, se ninguém vai, o mercado fica onde está. Ou seja, os empreendedores não têm estímulo para participar da PPP.
Portanto, é preciso que essa operação, que tem tudo para dar certo, considere todos os aspectos, a partir de um planejamento urbano integrado. Com isso, não tenho dúvidas: agora vai!
*
COORDENADOR DO NÚCLEO DE ALTOS TEMAS (NAT) DO SECOVI-SP, PRESIDENTE DA ROMEU CHAP CHAP DESENVOLVIMENTO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA

 
"Cbic"

 

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