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AGÊNCIA CBIC

24/02/2017

PRESIDENTE DO CONFEA ENALTECE A IMPORTÂNCIA DO 8° FÓRUM MUNDIAL DAS ÁGUAS, AGENDA DE INTERESSE PARA MAIS DE CEM PAÍSES

Evento internacional será realizado em Brasília, entre os dias 18 a 23 de março de 2018, e espera receber mais de 30 mil representantes

Em 2017, o Sistema Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e Mútua se prepara para participar do 8º Fórum Mundial das Águas, que será sediado em Brasília, em março do próximo ano. Integrante da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água desde julho passado, o Confea organiza uma série de debates para os próximos meses com a proposta de reunir contribuições da área tecnológica para evento mundial. “Colocaremos nosso conhecimento à disposição do mundo para solucionar essa situação desafiadora que é a gestão adequada dos recursos hídricos, que será um dos grandes temas de destaque do 8º Fórum Mundial”, afirma ao CBIC MAIS, o presidente do Confea, o engenheiro civil José Tadeu Silva.

São esperados cerca de 30 mil representantes de mais de cem países no Fórum Mundial da Água de 2018 em Brasília. Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. O evento, que ocorre a cada três anos, já passou por Daegu, na Coreia do Sul (2015); Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).

Veja na íntegra a entrevista que o presidente do Confea, José Tadeu Silva, concedeu ao informativo:

CBIC MAIS: O Brasil sediará, em 2018, o 8º Fórum Mundial da Água. Realizado pela primeira vez no hemisfério sul, qual a importância e significado de receber esse evento no país?

José Tadeu Silva: Eventos como o 8º Fórum Mundial da Água permitem a troca de informações e experiências entre profissionais, pesquisadores, representantes da academia, sociedade civil, lideranças do governo, empresas e organizações não-governamentais. É uma agenda propícia à ajuda mútua, considerando que grande parte dos principais problemas relacionados a recursos hídricos são comuns a todos os países. Receber este grande evento no Brasil – onde estão 12% das reservas de água doce do planeta e 53% dos recursos hídricos da América do Sul – é um grande passo para discutimos a temática sob a nossa ótica e levando em conta nossas necessidades em relação à água enquanto recurso primordial para o setor da ciência e tecnologia, para o saneamento básico e geração de energia. Nesse sentido, os debates não podem prescindir dos representantes da área tecnológica, que são fundamentais. A presença de engenheiros, agrônomos, meteorologistas, geólogos e geógrafos é muito importante, pois não se resolve problemas técnicos sem a contribuição desses profissionais.

CM: Qual a expectativa em torno dessa edição e que temas deverão ganhar importância nesse momento?

J.T.S.: Nós, profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua, esperamos levar nossas contribuições técnicas para o diálogo que será promovido neste evento global, visando ao uso racional e sustentável da água. Pretendemos demonstrar nesta agenda internacional as contribuições e habilidades que os profissionais da área tecnológica podem dar para as áreas de planejamento e gestão, especialmente focadas no desenvolvimento, na sustentabilidade e na qualidade de vida da sociedade. Colocaremos nosso conhecimento à disposição do mundo para solucionar essa situação desafiadora que é a gestão adequada dos recursos hídricos, que será um dos grandes temas de destaque do 8º Fórum Mundial.

CM:O Confea participa da organização do evento, que deverá receber 30 mil representantes de mais de 100 países. Qual o estágio dos preparativos e quais os desafios de sediar um evento dessa magnitude?

J.T.S.: O Confea não participa diretamente da organização do Fórum Mundial Água. Somos parceiros da Seção Brasil dos Membros Brasileiros do Conselho Mundial de Água, o qual está à frente da realização do evento.

CM:O Confea anunciou agenda de eventos regionais para preparar a participação da entidade e seus associados no Fórum Mundial da Água. Os seminários estão confirmados? Em quais cidades e datas serão realizados?

J.T.S.: Estamos com uma agenda para este ano que irá abranger todo o Brasil. Serão realizados sete eventos preparatórios nas cinco regiões brasileiras. Entre os dias 22 e 24 de março, Campinas (SP) será a primeira localidade a receber os profissionais da área tecnológica para o debate. E de 10 a 12 de maio, será a vez de Manaus (AM) recepcionar o segundo evento. As próximas agendas estão previstas para acontecer no segundo semestre novamente na Região Sudeste, na Região da Hidroelétrica de Paulo Afonso, na Região de São José dos Campos e em Mato Grosso.

CM: Qual o propósito de tais eventos e quantos participantes são esperados?

J.T.S.: Cada evento preparatório será realizado em parceria com os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), entidades de classe e com a Seção Brasil do Fórum Mundial da Água, da qual o Confea é parceiro. São esperados mais de 300 participantes, entre lideranças nacionais e regionais do Sistema Confea/Crea e Mútua, representantes de instituições de ensino da região e também do governo ligados aos setores de meio ambiente, água e energia. A proposta é reunir e formalizar as contribuições dos profissionais da Engenharia, Agronomia, Meteorologia, Geologia e Geografia sobre o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias sustentáveis nas áreas de água, energia e saneamento. Depois disso, os resultados desses preparatórios serão levados ao 8º Fórum Mundial da Água.

CM: Que agenda temática o Confea planeja cumprir nesses encontros?

J.T.S.: Em cada edição iremos tratar das demandas e peculiaridades relacionadas a bacia hidrográfica daquela região. Palestrantes especializados, representantes de instituições de ensino e lideranças do governo de cada localidade irão contribuir para os debates e elaboração de contribuições que poderão solucionar os problemas que envolvem água, energia e saneamento básico.

CM: Nos últimos anos, o Brasil passou a conviver com o desafio da chamada crise hídrica, que alcançou outras regiões do país, tornando rotina a necessidade do racionamento de água.  Quais os mecanismos para reverter esse cenário e como o Confea atua nesse campo?

J.T.S.: O Confea tem pautado o assunto em sua agenda de debates. No ano passado, por exemplo, o Conselho Federal promoveu, em parceria com entidades mundiais de Engenharia, um ciclo de palestras e diálogo acerca do tema dentro da Conferência Internacional sobre Novas Abordagens da Engenharia para o Fornecimento Sustentável de Água e Energia, realizada com apoio da Caixa Econômica Federal (CEF), Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Unesco, Organização dos Estados Americanos (OEA), União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi), Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae), Federação Mundial de Organizações de Engenheiros (WFEO), Governo Federal, Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e também da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa). Desse grande evento, resultou a Declaração de Brasília, por meio do qual os profissionais da área tecnológica se comprometem com ações que priorizem o fornecimento sustentável de água potável, de acordo com as necessidades, prioridades locais e regionais, e as condições culturais e capacidades humanas e financeiras existentes. Nesse sentido, o documento defende o engenheiro como profissional qualificado para substanciar a implementação de alternativas que contribuem para assegurar a qualidade de vida da sociedade, particularmente nas áreas de fornecimento de água. Na lista de soluções apontadas no documento, estão projeto e execução de sistemas destinados ao uso eficiente e diversificado de recursos hídricos incluindo a utilização de águas subterrâneas, de águas servidas, efluentes, desalinização e colheita de águas pluviais; a gestão de processos de conservação de recursos hídricos por meio de distribuição balanceada entre diversos usuários, nos diversos ecossistemas disponíveis; e o melhoramento da eficiência e disponibilidade de práticas de irrigação e de gerenciamento de uso de águas.

Para saber mais sobre o 8º Fórum Mundial das Águas, veja aqui

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