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AGÊNCIA CBIC

03/06/2014

PIB do 1ºtrimestre mostra economia em ajuste forçado

"Cbic"
03/06/2014

O Estado de S. Paulo

PIB do 1ºtrimestre mostra economia em ajuste forçado

Uma panorâmica nas notícias de conjuntura econômica, veiculadas na manhã de ontem, juntaria, com a divulgação da variação do PIB no primeiro trimestre, outras informações úteis para entender o que está ocorrendo na economia. Em comparação com o último trimestre do ano passado, o nível de atividade avançou modestos 0,2%, bem em linha com o menor crescimento do crédito e a forte queda nos níveis de confiança no futuro próximo. Se já havia evidências suficientes para indicar que a economia perdeu, nos primeiros três meses do ano, o pouco fôlego que conseguiu recuperar no final de 2013, a divulgação do PIB só confirmou a trajetória projetada para baixo.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o PIB ainda avançou 1 ,9% e, em 12 meses, subiu 2%. Mas a tendência é declinante. Nos meses de janeiro a março, a economia rodou a um ritmo anualizado (considerando que a taxa de 0,2%, do primeiro trimestre se repetisse nos próximos três trimestres) de apenas 0,8%. As estimativas para o segundo trimestre, por exemplo, sinalizam desempenho também fraco, semelhante ao registrado nos três primeiros meses do ano. Reduziram-se agora as dúvidas em relação ao baixo crescimento previsto para 2014. As projeções dos analistas consultados, semanalmente, pelo Banco Central, ainda se encontram acima de 1,5%, mas, se já vinham recuando, deverão agora convergir para níveis inferiores a esse.

Os sinais negativos emitidos pela variação nos componentes da demanda agregada sustentam essas projeções baixistas. Exceto o consumo do governo, os demais – consumo das famílias, investimento e demanda externa – recuaram e tornaram mais nítida a trajetória descendente que têm trilhado.

No lado da oferta, a agropecuária salvou o pouco do crescimento no trimestre, enquanto os serviços deram contribuição positiva modesta. Já a indústria continuou a recuar, completando agora o quarto trimestre de perda de ritmo. O mesmo ocorre com a construção civil, que desacelera, gradativamente, há quatro anos.

A situação de momento, caracterizada por perda de fôlego nos elementos que operam à frente nas fases de retomada – caso do investimento e da construção civil -, configura um cenário de ajuste forçado da economia. Salvo choques imprevistos, a freada pode ajudar a descomprimir altas de preços e aliviar a marcha da inflação. Pode também ajudar a moderar as perspectivas negativas para o setor externo, a partir da acentuação da tendência, já visível, de redução no ritmo de expansão das importações.



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