Expectativas de crescimento são otimistas

Diário do Comércio/ MG

Expectativas de crescimento são otimistas

Ao contrario de alguns setores da indústria, o da construção atravessa esse ano com otimismo. “Vai melhorar”, anunciou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, a empresários que participavam da Minascon/Construir Minas 2013- Feira Internacional da Construção realizada, no Expominas.

Segundo o dirigente, o setor avança com projetos de inovação e se prepara para os “novos leiloes que serão promovidos a partir de setembro para obras em portos, aeroportos, infraestrutura e energia”. A expectativa é de crescimento de 3% neste ano.
Segundo, Simão os últimos números do desemprego dão uma boa medida da recuperação da indústria da construção no país. Enquanto a média nacional chegou a 5,8%, a taxa do setor ficou em apenas 2,3%, “o que demonstra reação”.

Para o dirigente, os últimos três meses foram muito positivos para a construção, considerando uma “reversão de expectativa, com a doação de novos modelos de investimentos em infraestrutura a partir de setembro”. Em sua avaliação, a boa nova é que “o governo desistiu do repúdio as privatizações e parceria público-privadas e percebeu que sem iniciativa privada não há como investir para atender á demanda”.

Apesar do otimismo, Simão chama atenção para os gargalos. Além da falta de mão de obra, especialmente no período de maior intensidade na indústria da construção, sobretudo em 2010, ele enfatizou a necessidade de investir em inovação e desenvolvimento tecnológico – condição fundamental para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Para alcançar essa condição, há cerca de três anos o setor investiu em programa de inovação e construção sustentável, o que já resultou cerca de 50 projetos certificados. Outro movimento foi feito há cerca de 15 dias, quando a CBIC encaminhou ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação estudo sobre o ambiente de negócios no setor.

Ainda como estímulo á evolução das empresas, o dirigente deu ênfase a uma regra da Associação Brasileira de normas Técnicas (ABNT), que vai exigir cumprimento de metas de desempenho cada Projeto Construtivo. “As empresas vão se modernizar”, projetou.

Estudo – Segundo estudo divulgado ontem pela Fiemg, o setor da construção em Minas tem crescido de forma vigorosa. Entre 2006 a 2011, enquanto o PIB da construção cresceu 42,4% ou cerda de 6% ao ano, o PIB total do Estadão aumentou 23,7%, ou no ritmo anual de 3,6%.

No período de 2009 e 2011, o crescimento da cadeia de construção em Minas cresceu 20,1%, já desconsiderando a elevação de preços, percentual ligeiramente inferior á taxa que a cadeia nacional apresentou no mesmo período, de 21%.

Em dezembro de 2012, Minas respondia por 12,1% dos empregos formais do setor da construção do país. Entre dezembro de 2008 e dezembro de 2012, a taxa de crescimento do emprego formal do setor foi de 7,8% ao ano, sendo que algumas regiões como o Vale do Aço, atingiu 12,33% ao ano. (AR)