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AGÊNCIA CBIC

23/06/2023

Roadshow debate avanços da engenharia e projeto de gestão compartilhada

O Método Não Destrutivo (MND), que permitiu o avanço de obras de saneamento básico nas últimas décadas no Brasil, foi um dos destaques nesta sexta-feira (23), durante o Roadshow: Formação de Preços e Relações Contratuais. Mediado pelo presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ilso Oliveira, o evento acontece em parceria com o Sinduscon-SP, Sinduscon-SF, Sinduscon-MS e a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). 

A necessidade de mudanças no processo de construção de obras de saneamento se deu, principalmente, a partir da cidade de São Paulo, que sofre com o grande fluxo humano e de veículos automotivos. As obras, que inicialmente eram realizadas à céu aberto, quebrando calçadas, geravam cada vez mais transtornos à sociedade. O Método Não Destrutivo (MND) surgiu, então, para a melhoria dessas questões, explicou o engenheiro civil  Yannis Calapodopulos. Confira aqui sobre o tema apresentado.

O MDN apontou a evolução das técnicas de engenharia que, com o passar dos anos, foram evoluindo com o avanço de materiais e escavações cada vez mais mecanizadas, apontou o especialista. A partir de 2006, as obras passaram a utilizar MND pelo processo Pipe Jacking (cravação hidráulica de tubos), com tubo de concreto centrifugado, utilizado até os dias de hoje em obras de mini túneis. Calapodopulos apontou que o processo traz maior segurança para o trabalhador e ameniza os transtornos nos locais das obras. 

“Com esse processo o trabalhador não precisa permanecer dentro dos túneis, é tudo robotizado e automatizado, além de deixar o processo produtivo e mais rápido, preservando a saúde do trabalhador e diminuindo os custos”, disse. 

É uma evolução na engenharia, afirmou o vice-presidente do Sinduscon-MS, Kleber Recalde. A maior agilidade nos processos pode ser um facilitador para alcançar a expectativa do governo federal com a atualização do Marco Legal do Saneamento. 

A estrutura de saneamento no Brasil ainda é muito falha, de acordo com Calapodopulos. Apenas 50% de todo esgoto coletado no território nacional conta com tratamento, 35 milhões de pessoas não possuem água tratada e mais de 100 milhões não têm coleta de esgoto, apontou. 

O Marco Legal, prevê que até 2033, 90% de todo o país esteja com água tratada e coleta de esgoto. “Se nós precisarmos colocar em prática tudo aquilo que está previsto no marco legal do saneamento, vamos precisar de uma infinidade de máquinas desse tipo no país. Infelizmente, devido ao fracasso dos programas de despoluição de rios e do atual saneamento do país, é possível contar em uma única mão o número de máquinas disponíveis no Brasil capazes de executar obras de mini túneis pelo processo MDN”, esclareceu. 

A grandeza do programa e a universalização do acesso ao saneamento básico por meio do Marco é estratégico e importante para o desenvolvimento do país, segundo ele. O MND veio para se aliar a esse programa previsto. Vamos torcer para conseguir transformar o país na área de saneamento básico. Não é fácil, os obstáculos são enormes, mas a comunidade tuneleira e de engenharia subterrânea especializada está bastante otimista, disse. 

“Espero que a gente consiga transformar o país para que todos tenham  água e esgoto. Será um grande desafio para as autoridades políticas, mas a universalização é uma oportunidade de levar uma moradia digna para todos, em todo o país”, afirmou Calapodopulos. 

Para a presidente do Sinduscon-SF, Elissandra Cândido, é importante a busca por inovação. “Para avançar no segmento do saneamento, é preciso preparar as empresas para esse nível de construção e buscar incentivos fiscais para adquirir as máquinas que vão permitir esse avanço”, disse.

Outro tema debatido durante o evento foi a gestão compartilhada a partir da apresentação do Projeto Cerrado, desenvolvido na região Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa é para a construção de uma fábrica de celulose. O empreendimento é considerado um dos maiores investimentos privados do país e tem transformado a realidade socioeconômica da região, apontou o diretor de engenharia da Suzano, Maurício Miranda. 

O projeto conta com investimento de ​​R$ 22,2 Bi e geração de 3 mil empregos. Para executar um empreendimento dessa magnitude, a organização conta com uma estrutura organizacional específica do Projeto Cerrado e uma gestão de projetos direcionada. “Uma gestão compartilhada é cooperativa e colaborativa”, pontuou. Clique aqui e confira o material detalhado sobre a forma de atuação da empresa.

Com quase 50 anos de atuação em obras industriais, Ilso Oliveira, tem percebido o sucesso em muitas cidades a partir da disposição das empresas em formar parcerias, possibilitando o compartilhamento de suas vivências, tecnologias, conhecimento, e aproveitando as facilidades locais, disse. 

Ainda durante o encontro, o membro do Sinduscon-SP, Thomas Diepenbruck, aproveitou a ocasião para destacar a importância da valorização da engenharia para o avanço da sociedade. “Quando a gente reconhece e apoia nossos engenheiros e corpo técnico, nós estamos investindo no futuro, promovendo o desenvolvimento econômico, sustentabilidade, melhoria de vida e desenvolvimento de regiões”, apontou. 

Caso tenha perdido esse importante debate, clique aqui e confira na íntegra! 

O tema tem interface com o projeto “Sustentabilidade das Empresas do Segmento de Obras Industriais e Corporativas”, da COIC/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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