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AGÊNCIA CBIC

13/03/2014

Crédito imobiliário recua 21% em janeiro, segundo Abecip

"Cbic"
13/03/2014

DCI – Comércio, Indústria e Serviços

Crédito imobiliário recua 21% em janeiro, segundo Abecip

RUTE PINA

SÃO PAULO

O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis recuou 21% em janeiro ante dezembro de 2013, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Os valores contratados somaram um montante de R$ 8,2 bilhões, menor marca dos últimos nove meses. Contudo, quando comparado com igual mês do ano passado, houve um crescimento de 22% deste índice.

O economista José Pereira Gonçalves explica que a justificativa à baixa mensal é sazonal. "O estudo destes dados coletados tem mostrado que os meses têm um comportamento muito diferente entre si, então é natural que haja essa queda entre janeiro e dezembro", afirmou ele.

Segundo a Abecip, no período de 12 meses encerrados em janeiro de 2014, o volume acumulado de empréstimos com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançou o montante de R$ 110,6 bilhões, 32% maior que o apurado nos 12 meses precedentes. Pereira acredita que estes números mostram uma continuidade do progresso do financiamento imobiliário "que muitos acreditaram ter atingido o seu auge".

Ele acredita que o mercado possa se expandir um pouco mais nos próximos meses até se estabilizar. "A expectativa é encontrar esta estabilidade até porque nosso mercado no setor é muito conservador e não concede crédito muito facilmente a quem não tem condições de arcar posteriormente com a dívida", disse.

Já para Carlos Honorato, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), este aumento pode ser explicado pelo aumento generalizado dos preços dos imóveis no Brasil que, segundo ele, estão "fora de lugar" e também por causa do ano eleitoral. "Assim como aconteceu em 2010, os bancos públicos cedem mais financiamentos para que a economia possa girar, porque o setor imobiliário também é muito importante para o crescimento do País", disse Honorato.

Ele alerta para que o consumidor tenha calma na hora de fechar um negócio nos próximos meses, por conta de um possível reajuste nos preços. "Embora os números estejam bons, é possível que haja depois da Copa, por exemplo, um reajuste do preço do metro quadrado, que está muito alto. Não acredito que o setor imobiliário renderá lucros de até 40% em três anos como já acontecia. As próprias construtoras começam a ficar em débito", afirmou.

Já o professor Eduardo Coutinho, da Ibmec-MG, observa que, mesmo que o valores estejam muito altos, houve crescimento real do número de imóveis. Para ele, a redução do valor financiado na comparação mensal não é sintomática de uma tendência no setor imobiliário.

Em janeiro, foram financiadas aquisições e construções de 39,9 mil imóveis, aumento de 12% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Poupança

Outro dado divulgado ontem pela Abecip mostra que os depósitos em cadernetas de poupança nos agentes financeiros do SBPE atingiram o montante líquido de R$ 711 milhões, o que resulta em captação líquida positiva pelo 23º mês consecutivo.

José Pereira vê os dados de forma positiva. "É um dado interessante pensando que, sazonalmente, esta é uma época de menor captação, pois as pessoas têm muitas despesas e dívidas e não costumam poupar", observou.

 


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