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AGÊNCIA CBIC

26/07/2013

Crédito imobiliário chega a R$ 49,6 bi

"Cbic"
26/07/2013

Correio Braziliense

Crédito imobiliário chega a R$ 49,6 bi

DECO BANCILLON

Depois do carro financiado e da TV de tela plana, a classe média brasileira agora mira a casa própria. Nos primeiros seis meses do ano, o volume de empréstimos carimbados para a compra e reforma de imóveis alcançou a marca recorde de R$ 49,6 bilhões, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A cifra representa alta de 34% sobre os R$ 37 bilhões liberados no primeiro semestre de 2012, e diz respeito apenas às operações contratadas junto ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cujos recursos são custeados pela caderneta de poupança. Nessa linha de crédito, os juros variam entre 5,79% ao ano, no caso da Caixa Econômica Federal, e 15,93% ao ano, no caso da Poupex, conforme levantamento do Banco Central (BC).

Tamanho é o volume de recursos utilizados para a compra da casa própria que a Abecip já projeta, ainda para 2013, que o crédito imobiliário alcance a marca igualmente recorde de 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Até 2015, porém, a estimativa é de que esse indicador some 10% das riquezas geradas pelo país, número ainda considerado tímido para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. "Eu entendo que essa projeção certamente será atingida, mas considero esse patamar ainda bem baixo se compararmos com o que acontece no mundo, o que mostra que estamos bastante atrasados quando o assunto é crédito imobiliário", disse.

De acordo com dados do Banco Mundial, países como Dinamarca e Reino Unido têm mais de 100% de suas riquezas aplicadas em recursos imobiliários, colocando-os na primeira e segunda posição, respectivamente, no ranking dos 15 países que mais aplicam em imóveis. A França, a última colocada nesse estudo, tem mais de 40% do PIB aplicado em crédito imobiliário.

Seu bolso

 No Brasil, a decisão de assumir um financiamento habitacional não depende apenas da disponibilidade de crédito. Os preços altos afastam os consumidores do sonho de adquirir a casa própria. Nos últimos cinco anos, o valor de um imóvel pronto em São Paulo saltou incríveis 174,5%. Quando se leva em conta a variação para todo o país, apenas nos últimos 12 meses, essa elevação já alcança 11,6%, segundo o índice FIPE-ZAP, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

No mesmo período, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula alta de 6,40%. Trocando em miúdos: mesmo com o custo de vida encostando no teto da meta perseguida pelo governo, de 6,5% ao ano, a variação real dos imóveis já chega a 5,2% apenas nos últimos 12 meses. Para o vice-presidente de Habitação do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Prando, essa elevação significa que os preços já estão próximos do limite. "Uma coisa é certa: não deve haver, pelo menos nos próximos meses, aumento significativo desses imóveis. No máximo, eles devem acompanhar a inflação", apontou.

Para não pagar caro por um imóvel que em breve pode render menos, especialistas ouvidos pelo Correio recomendam que, antes de decidir partir para a compra, é importante escolher bem a região onde se quer morar. Faça visitas ao local de dia e de noite, para certificar-se de que não haverá surpresas indesejadas quando a mudança for feita. Outra dica é avaliar se a vizinhança é tranquila, se há oferta de serviços públicos de boa qualidade ? como hospitais, escolas e postos policiais ? e se o trânsito é intenso durante os horários de pico. Lembre-se: ainda que seja possível colocar o imóvel à venda caso o comprador não se sinta feliz em morar naquela região, ele provavelmente levará pelo menos seis meses para conseguir concretizar a transação.

 

 

 



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