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AGÊNCIA CBIC

29/06/2012

Construção debate práticas tecnologias de sustentabilidade

"Cbic"
29/06/2012 :: Edição 349

MaxPress – 29/06/2012

 

Construção debate práticas tecnologias de sustentabilidade

 4ª Conferência Global Ambiente Construído Inteligente e Sustentável (SASBE 2012) discute soluções inovadoras para a construção
 Construções inteligentes, com energia zero, corporações movidas à emoção e tecnologias inovadoras, como um sistema de ar condicionado a partir de energia solar sem a necessidade de serem instaladas gigantescas placas de captação, foram alguns dos temas debatidos nesta quinta-feira, 28, primeiro dia da 4ª Conferência Global Ambiente Construído Inteligente e Sustentável (SASBE 2012), evento mundial que reúne em São Paulo especialistas de cinco continentes. O encontro prossegue nesta sexta-feira, 29, com outra série de temas inovadores, como a aplicação em pequenas cidades da tecnologia empregada na construção de bases militares norte-americanas em lugares inóspitos.
 O futuro do ar condicionado movido a energia solar, apresentado pela doutora Doreen Kalz, do Fraunhofer Institute, já é uma experiência consolidada em climas temperados, como o da Alemanha, e o seu sucesso pode ser potencializado na realidade brasileira e utilizado em prédios de médio porte. O sistema, quando combinado a vidros modernos e isolamento térmico, permite diminuir a necessidade de energia para refrigeração. Tudo caminha para que em pouco tempo a aplicação do arrefecimento solar torne viável também para pequenas construções, como uma casa, explica Doreen Kalz, que vem se debruçando em investigações para tornar ainda mais eficiente o método. Ela mostrou os resultados da otimização dos componentes de fachada dinâmicas e mutáveis, além de ferramentas de software que permitem desenvolver estrat&eacut e;gias de controle e adequação da fachada às variáveis climáticas, maximizando a eficiência dos dispositivos.
 Edifícios Inteligentes foi o tema de Ron Zimmer, presidente e CEO da Associação Continental de Edifícios Automatizados – CABA, que falou sobre os benefícios ao meio ambiente quando aplicadas tecnologias que reduzem, por exemplo, consumo de energia elétrica e água. Consequentemente, o bolso também agradece pela economia de gastos. Zimmer destacou ainda que o retorno de investimento pode ser mais rápido do que se imagina – em alguns casos, menos de dois anos.
 Claude Ouimet, vice-presidente e gerente geral da Interface no Canadá e na América Latina, empresa líder mundial em carpete modular, propôs uma revolução nos modelos empresariais, partindo da emoção que, segundo ele, é o que movimenta as pessoas e mundo, expresso no conceito de Biophilia. No mesmo fórum, Wim Bakens, secretário geral do Conselho Internacional de Pesquisa e Inovação em Edifícios e Construções – CIB e professor na Universidade da Escola de Arquitetura e Construção de ambientes Westminster, em Londres, debateu o papel da construção e indústria da construção na sociedade.
 Um painel especial dedicado à "Sustentabilidade Urbana em contextos emergentes e urgentes" contou com a professora Chrisna du Plessis, da Universidade de Pretória, da África do Sul, o arquiteto e urbanista Carlos Leite, professor da Universidade Mackenzie, e o arquiteto francês Serge Salat, diretor-fundador do Laboratório Morfológico Urbana do CSTB (Centre Scientifique et Technique du Batiment). No debate, os participantes lembraram que não só regiões pobres e litorâneas, mas também cidades como Londres e Nova York, sofrerão impactos nos próximos anos por conta das mudanças climáticas e a escassez de recursos naturais.
 O SASBE2012 prossegue amanhã. Entre os palestrantes está Ilker Adiguzel, diretor do Laboratório de Pesquisas para Engenharia de Construção do Exército Americano, intitulada "Além dos edifícios sustentáveis: rumo às comunidades "Impacto Zero"". Ele lidera uma pesquisa de US$ 150 milhões e uma equipe de 350 pessoas cuja missão é criar bases militares com tecnologias ambientais, infraestrutura sustentáveis e acessíveis para dar apoio a pelotões de um exército. Para minimizar o impacto da presença dessas bases nos locais onde elas são assentadas são desenvolvidos três programas: Energia Zero, Água Zero e Resíduo Zero. Toda água utilizada nas bases, por exemplo, retorna – depois de tratada – para a mesma bacia hidrográfica de onde foi retirada, evitando esgotar os lençóis freáticos e rios da região. Ilker defende que esse modelo pode ser replicado em cidades de pequeno porte. O debate se dará em torno dessa possibilidade.
 A programação do último dia do encontro, inclui também: "Desafios e respostas da academia, instituições de pesquisa e governo", "Pegada Ecológica e o IDH aplicados aos ambientes construídos" (com o arquiteto Jeremy Gibberd, mestre e especialista em Arquitetura Tecnológica, com PhD da Universidade de Pretória, da África do Sul), "Perspectivas das pol&iacut e;ticas de eficiência energética e o potencial de geração de energia elétrica no Brasil" (com o professor Gilberto Januzzi, da Unicamp), "Cidades resilientes sem combustível fóssil (com Andy van den Dobbelsteen, professor da Faculdade de Arquitetura TU Delf e coordenador do programa de pesquisa Inovação do Edifício Verde), entre outras.
 Cantinho do Céu, projeto sustentável paulistano, vira exemplo
 O projeto de urbanização da comunidade do Cantinho do Céu, no Grajaú, zona Sul da capital paulista, foi citado pelo arquiteto e urbanista Carlos Leite, professor da Universidade Mackenzie, durante fórum sobre "Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes". Segundo o profissional, a transformação do local é "prova de que é possível reinventar a cidade, mesmo na periferia". Leite falou ainda sobre o laboratório que foi implantado na favela de Heliópolis, a maior de São Paulo, para que o moradores possam propor soluções sustentáveis que visam a melhora urbanística e maior qualidade de vida da comunidade. O laboratório funciona a partir de uma parceria com a Academia de Arquitetura de Amsterdã (Holanda) e a P arsons Nova Escola de Design de Nova Iorque (EUA), além do apoio da Secretaria Municipal de Habitação e de associações comunitárias da região.
"Cbic"

 

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