Brasil Econômico/BR
Confiança da construção civil cai no último trimestre de 2012
Apesar da queda, FGV ressalta que indicador teve recuperação gradual ao longo do último ano
O índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na pesquisa Sondagem da Construção, apresentou queda de 3,3%, no último trimestre de 2012. O recuo é superior ao de 3,1% registrado no trimestre anterior, encerrado em novembro. Em pontos, o índice de confiança registrou 120,9 na média trimestral em dezembro, ante 121,2 em novembro. Em dezembro do ano anterior, o índice era de 125 pontos.
Entre os segmentos em que a confiança caiu um pouco mais estão os de preparação de terreno (de 6,8% para 7,8%) e construção de edifícios e obras de engenharia (de 2,4% para -2,7%). Em compensação, melhorou a percepção em obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações (de 9,9% para 7,6%) e em obras de acabamento (de 0,2% para 2,7%).
O índice da situação Atual (ISA) também apresentou queda de 3%, ante recuo de 2,8% em novembro. O que mais influenciou esse resultado foi o quesito situação atual dos negócios que, em novembro, tinha apresentado queda de 3,1% e, em dezembro, passou para retração de 5,8%. No caso do índice de Expectativas (IE CST), a variação passou de 3,4% para -3,5%.
Das 701 empresas consulta das, 28,5% consideraram o momento como bom, percentual menor do que o registrado em igual período de 2011 (34,8%). Para 10,6%, a situação estava ruim no trimestre encenado em dezembro, ante 9,7% no mês anterior.
Na apuração sobre a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, houve queda de 1,9% ante -1,6%. Caiu de 42,9% para 39,8% o universo de empresas que prevêem aumento da de manda. Já 5% acham que haverá queda, proporção menor do que no levantamento anterior (5,4%).
Os técnicos da FGV alertam que, embora a pesquisa tenha apresentado uma piora pontual, na comparação com as de trimestres anteriores ao longo do ano, há uma gradual recuperação da confiança dos empresários. No primeiro trimestre, o índice foi negativo em 6,6%. No segundo, o índice ficou em -9,5%; no terceiro, em 7,8%; e no quarto, em 3,3%.
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Sobre a tendência em seis meses, caiu de 42,9% para 39,8% o universo de empresas que preveem aumento da demanda.
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