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AGÊNCIA CBIC

04/08/2022

CBIC e IFC levam oportunidades e capacitação técnica em certificação ambiental

A sustentabilidade e a preocupação ambiental no setor da construção civil já são realidade para os associados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em uma parceria entre a entidade e a International Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, diversas ações estão sendo implementadas para promover melhorias no setor. No final de 2021, as instituições assinaram um acordo de cooperação visando promover construções verdes, avançar na implementação de medidas para descarbonizar o setor (reduzir emissões de CO2) e disseminar a certificação sustentável EDGE no Brasil, software funcional desenvolvido pela IFC que traça um caminho do setor da construção para o carbono zero. A parceria também prevê assessoria para o setor privado (incorporadoras, associações do setor, profissionais e outros), setor público e instituições financeiras interessadas.

Como parte desse programa, em julho aconteceu o lançamento do Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes em cinco municípios da região amazônica. A iniciativa da IFC, que tem o apoio da CBIC, busca trabalhar com agentes públicos e educar e incentivar os atores do mercado a projetar construções verdes em Belém (PA), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

O foco da IFC para o crescimento da construção ecológica envolve um programa de aprendizagem em construções verdes nas seguintes diretrizes: (i) investimento e assessoramento a intermediários financeiros; (ii) apoio na disseminação da certificação EDGE junto a patrocinadores de projetos sustentáveis; (iii) criação de um ambiente propício para políticas públicas sustentáveis pelo desenvolvimento técnico de gestores públicos; e (iv) desenvolvimento de linhas de financiamento sustentáveis através do setor financeiro.

O ponto central do programa é a divulgação da certificação EDGE, desenvolvida pela IFC e que ajuda os construtores a avaliar as maneiras mais econômicas de incorporar recursos de construção verde em seus projetos. O software calcula uma linha de base para economia de energia, água e energia incorporada em materiais específicos para uma determinada cidade. Para atingir o padrão EDGE, um ganho de eficiência de 20% deve ser alcançado em todas as três categorias de eficiência de recursos em comparação com a linha de base.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, ressaltou que o EDGE democratiza o acesso às estratégias para reduzir o impacto ambiental das construções. “É uma certificação que permite que muito mais empresas validem seus empreendimentos”, avaliou. Segundo ele, a sustentabilidade das construções já é uma necessidade.

De acordo com o gerente-geral da IFC no Brasil, Carlos Leiria Pinto, incentivar projetos de edifícios verdes no setor da construção é primordial para lançar as bases para uma recuperação econômica verde. “Junto com a CBIC, estamos demonstrando que é possível amenizar os impactos socioambientais do setor, ajudar a mitigar a pressão climática da urbanização e disseminar novas oportunidades econômicas verde no país”, destacou.

O Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes da IFC vem sendo implantado há alguns anos na América Latina e Caribe (LAC), especificamente no Peru, Colômbia e México. A iniciativa possui como um de seus componentes a melhoria das políticas públicas e do ambiente favorável para a criação de novos marcos e regulações normativas para as construções sustentáveis, apoiando os municípios através de assessoria técnica, de forma inteiramente gratuita, que compreende a capacitação de funcionários municipais no conhecimento sobre as construções sustentáveis. O intuito é definir incentivos atrativos e adequados, bem como apoiar a elaboração de regulamentação legal (leis, decretos, normas), ajudar na divulgação junto ao mercado e monitorar os resultados alcançados. Todas as atividades previstas ocorrem em um prazo estimado de quatro a seis meses.

Segundo o membro da área de Operações da IFC no Brasil, Alexandre Aebi, a seleção dos municípios respondeu a critérios técnicos, tais como “indicadores relativos à infraestrutura, ao potencial de prosperidade desses municípios e indicadores do IBGE, para incentivar municípios da Amazônia Legal a se tornarem mais sustentáveis”. Além disso, as ações do programa buscam tornar a ferramenta EDGE mais conhecida no setor privado e fazer com que ela passe a ser implementada ainda na fase de planejamento. Aebi também afirmou que o EDGE é interessante tanto para quem constrói para alugar, ao reduzir o valor de consumo associado à água e energia, como para vender, por acrescentar um fator sustentável ao valor do imóvel.

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da CBIC, Nilson Sarti, o compromisso de descarbonização do setor já começou. “A Certificação EDGE é uma plataforma online, gratuita e simples. O empreendedor ou incorporador pode ter acesso a ela e montar seu projeto sabendo o quanto vai custar, qual é o público-alvo e muito mais”, explicou.

Sobre a parceria, a gerente de Estratégia Climática e Desenvolvimento de Negócios da IFC, Hania Dawood, declarou que é uma honra trabalhar com a CBIC para ajudar a comunicar os benefícios da construção verde. “A certificação EDGE está crescendo rapidamente em grande parte devido à ponte que oferece entre desenvolvedores e instituições financeiras interessadas em investir em ativos verdes. Esperamos que a parceria ajude a acelerar a descarbonização do setor de construção no Brasil”, afirmou.

Durante o lançamento do Programa na sede da Prefeitura Municipal de Rio Branco (AC), com a participação do prefeito, Tião Bocalom, o presidente da CBIC falou sobre a priorização do tema sustentabilidade nas ações e projetos da entidade e como o setor precisa passar por um processo de descarbonização, pois possui grande responsabilidade na diminuição de emissões de carbono. A importância da Agenda ESG também foi comentada pelo presidente da CBIC, que destacou que tais diretrizes são oportunidades para o setor. A construção em madeira, recurso muito disponível na Região Norte, também foi citado por Martins como uma forma de alta tecnologia e grande pegada ambiental.

“A construção sustentável oferece vantagens para todos os envolvidos: os incorporadores ganham diferenciação no mercado e vendas mais rápidas, os proprietários obtêm custos operacionais mais baixos e um melhor retorno do investimento, e a sociedade em geral se beneficia de um uso mais eficiente dos recursos naturais,” concluiu José Carlos Martins.

Acompanhe o site e as redes sociais da CBIC para saber mais novidades sobre a parceria!

O tema tem interface com o projeto “Incentivo à Sustentabilidade na Indústria da Construção” da Comissão de Meio Ambiente da CBIC, em correalização com o Senai Nacional.

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