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AGÊNCIA CBIC

16/01/2013

Casa própria, a bola da vez

"Cbic"
16/01/2013

Estado de Minas/MG

Casa própria, a bola da vez

Caixa reduz as taxas de juros para imóveis da classe média O governo acerta ao chamar as classes de renda média e alta a participar da aceleração do ritmo da atividade econômica no país, não mais apenas pelo consumo, mas pelo investimento em patrimônio, no caso, na casa própria. A Caixa Econômica Federal anunciou ontem uma medida que pode causar impacto na indústria da construção civil. Foram reduzidas as taxas de juros para o financiamento de imóveis acima de R$ 500 mil, fora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
 Comparadas aos juros cobrados no crédito direto ao consumidor (CDC), que estão entre 90% e 93% ao ano, para a compra de geladeiras e televisores, por exemplo, as taxas que a Caixa passa a cobrar são de fato atraentes. Para quem não é cliente do banco, a redução foi de 9,9% para 9,4% ao ano, taxa quase 10 vezes mais baixa do que as do CDC. Ficaram ainda mais atraentes para os clientes da Caixa, baixando de R$ 8,9% para 8,4% ao ano (8,3% para servidores federais). Considerando que o Banco Central deve manter hoje a taxa Selic em 7,25% ao ano, o crédito imobiliário, nos moldes anunciados pela Caixa – maior agente desse tipo de crédito no país -, passa a ter condições de reduzir a distância que separa o sistema financeiro brasileiro do que se pratica nas economias desenvolvidas.
 Inibidos por décadas de altas taxas de inflação e de incertezas que elas geravam nos agentes de crédito e nos consumidores menos aventureiros, os financiamentos de longo prazo deixaram de fazer parte da cultura bancária brasileira. Só agora retornam, mas ainda em ritmo lento. De fato, apesar das expansões nos últimos anos, o crédito imobiliário, que nos países mais desenvolvidos quase nunca fica abaixo de 50% do PIB, no Brasil é hoje de apenas 6,2%.
 Especialistas veem nesse quadro um enorme potencial a ser explorado, à medida em que as taxas de juros cobradas no país baixem a níveis civilizados. É nesse sentido que pode ser entendido o rebaixamento das taxas ora anunciado pela Caixa, que, certamente, vai pressionar os concorrentes privados a seguir o mesmo caminho, ainda que isso signifique redução das margens de lucro do negócio.
 Não era outra coisa, aliás, o que vários observadores do mercado de crédito brasileiro vinham percebendo nas últimas semanas. Em 2012, a Caixa bateu em novembro a meta de R$ 100 bilhões prevista para o ano em sua carteira de crédito imobiliário, animando previsões otimistas para 2013. Com o crédito ao consumidor sinalizando fase de expansão mais moderada, o financiamento imobiliário tende a assumir a liderança das operações contratadas pelas pessoas físicas.
 Observados os rigores cadastrais indispensáveis à concessão desse crédito, a economia terá muito a ganhar com a concentração do foco em imóveis. Afinal, a construção civil gira cadeia produtiva tão ampla quanto ou até maior que a do automóvel, com a vantagem de contar com mais tecnologia nacional, menos importações e ampla absorção de mão de obra em todas as regiões do país. De quebra, deixa como legado um patrimônio valioso para as famílias e não apenas um ex-objeto do desejo, quebrado ou fora de moda.

 

 
"Cbic"

 

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