AGÊNCIA CBIC
Baixa poupança condena país a crescer pouco, diz Gerdau
Países como o Brasil, cuja geração de poupança/investimentos é inferior a 20% do PIB não conseguem apresentar um crescimento econômico acima de 2,5% ao ano.
É o que destacou ontem (14) o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, durante reunião-almoço do Sinduscon-RS.
O evento contou com a participação de dirigentes das principais entidades da cadeia produtiva da construção civil gaúcha e de empresários do setor da capital e interior do Estado.
Segundo Gerdau, esta insuficiente poupança interna em relação ao Produto Interno Bruto, contra mais de 40% da China, e 25% na Índia, por exemplo, explica por que entre os anos de 1980 e 2000 o Brasil cresceu na faixa dos 2% ao ano, constituindo-se no maior dilema que o país enfrenta.
A própria presidenta da República Dilma Rousseff definiu como objetivo elevar o índice para 25% do PIB, confidenciou Gerdau, que também preside a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República.
Em sua avaliação, a pauta de ações que deve ser priorizada no Brasil é a elevação do padrão de qualidade da educação, a recuperação do atraso existente na área de logística e o que chamou de “correções tributárias” relativamente à incidência de impostos cumulativos ao longo da cadeia produtiva.
São fatores que afetam negativamente a competitividade das empresas e uma das causas do acelerado processo de desindustrialização, que fez com que de um superávit comercial de US$ 20 bilhões na exportação de manufaturados o país caísse para um déficit de US$ 90 bilhões no ano passado.
Já a reforma trabalhista, que também considera necessária, encontraria mais dificuldades nesta fase de pleno emprego, situou.