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AGÊNCIA CBIC

01/11/2011

Ajuste fiscal afeta a construção civil

"Cbic"
01/11/2011 :: Edição 209

 

Jornal Brasil Econômico/BR 01/11/2011
 

Ajuste fiscal afeta a construção civil

Investimentos menores do governo em obras do PAC, da Copa do Mundo e do Minha Casa, Minha Vida afetaram o nível de atividade do setor

 O nível de atividade da construção civil apresentou queda em setembro, acentuando os sinais de desaceleração sentidos desde o começo deste ano. Segundo dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice do setor caiu de 50,1 para 48 pontos entre agosto e setembro de 2011.
 Valores abaixo de 50 apontam retração da produção.
 De acordo com o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o fraco desempenho desde janeiro vem da redução da demanda, no caso do segmento de construção de edifícios, e de desembolsos abaixo do previsto nos projetos de incentivo às obras de infraestrutura do governo, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Minha Casa, Minha Vida 2 e da Copa 2014.
 "O setor está saindo de uma fase de desaquecimento e entrando numa fase de retração, com perspectivas de redução no ritmo de contratações", analisa Fonseca. "Isso está acontecendo por conta do atraso das obras do PAC e da Copa. Só agora o governo está liberando recursos para projetos de mobilidade urbana. Além disso, o ajuste fiscal anunciado no começo do ano pelo novo governo afetou muito o ritmo de liberações e andamento de obras de infraestrutura, impactando na decisão de investimento dos empresários", complementa.
 Dados consolidados pela CNI, com base em informações do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), apontam que a União investiu apenas 10,5% do orçamento previsto em 2011, ou R$ 65,2 bilhões. Somando-se a conta de restos a pagar (dívidas de anos anteriores), o percentual sobre para 40,7%, o que indica que a maioria dos investimentos efetuados entre janeiro e outubro remetem a obras de anos anteriores -e não a novos projetos. No caso de obras do PAC, somando-se restos a pagar, apenas 34,5% do prometido para 2011 foi efetivamente pago, ou R$ 13,7 bilhões.
 Isso justifica o desempenho ruim do segmento de infraestrutura, o mais afetado entre os três que compõem o setor de construção civil, segundo a pesquisa.
 O ramo passou de um nível de atividade de 48 pontos em agosto para 42,7 em setembro.
 Já o segmento que registrou a segunda maior desaceleração foi o de serviços especializados, cujo índice partiu de 48 para 44 pontos.
 Onicho de construção de edifícios, embora já tenha sido afetado pela queda da demanda por imóveis, ainda está estável, passando deum nível de atividade de 48 para 49,4 pontos.
 "O segmento é alimentado ainda pelo aumento do rendimento médio e da oferta de crédito, que tende a ser maior com o novo ciclo de redução da taxa básica de juros", analisa Luis Fernando Mendes, assessor econômico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
 Ainda assim, o mercado imobiliário está apreensivo este ano, visto que a venda de imóveis novos caiu 23,8% nos primeiros oito meses do ano na comparação ao mesmo período de 2010, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi) de São Paulo.
 Só no ano que vem Mesmo com um desempenho abaixo do esperado pelo mercado, os empresários da construção civil se mantêm otimistas quanto aos próximos seis meses.
 Entretanto, o índice que mede a expectativa do setor caiu entre agosto e setembro, passando de 60,1 pontos para 57,6 pontos.
 Ainda assim, está acima da linha dos 50 pontos (nível de normalidade).
 "A concessão dos aeroportos, além de um possível andamento mais acelerado das obras da Copa, visto que 2014 está se aproximando, indicam que haverá mais participação da iniciativa privada nos investimentos do ano que vem, o que deixa os empresários mais otimistas quanto ao mercado em 2012", diz Fonseca.
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 Atraso nas obras da Copa e desembolsos do PAC bem abaixo do previsto afetaram as decisões de investimento dos empresários da construção civil Renato da Fonseca Gerente executivo de pesquisa da CNI.
"Cbic"

 

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