83º Enic – Discurso do presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe

Exma. Senhora Dilma Rousseff, Presidenta da República Federativa do Brasil
Exma. Sra. Miriam Belchior, Ministra do Planejamento e Orçamento
Exmo. Sr. Fernando Pimentel, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Exmo. Sr. Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo
Exmo. Sr. Gilberto Kassab, Prefeito do Município de São Paulo
Exmo. Sr. José Antonio Barros Munhoz, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, em nome de quem cumprimento todas as demais autoridades presentes.
Ilmo. Sr. Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, em nome de quem cumprimento todos os presidentes de entidades da construção,
Senhoras e Senhores:

Sejam todos bem-vindos! A construção brasileira se sente extremamente gratificada em recebê-los neste Encontro Nacional da Indústria da Construção.
O momento é particularmente especial para o nosso setor.
Olhando para o passado recente, temos muito a comemorar.

A construção conquistou o reconhecimento do governo e da sociedade por seu papel decisivo de alavancar o crescimento do país.
Após duas décadas de estagnação, o nosso setor tem crescido continuamente desde 2004.
Neste período, a construção cresceu em média 4,6% ao ano.
E neste ano de 2011, esperamos crescer ao menos 5%.
Outro indicador do nosso crescimento é o aumento do emprego. Em 2003, a construção tinha um milhão e meio de trabalhadores.
Estimulada, ela dobrou seu contingente, e hoje emprega três milhões de brasileiros.

Mesmo na crise financeira internacional de 2008, nosso setor cresceu, e a primeira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida impulsionou o crescimento do setor imobiliário.
Evitamos que os efeitos daquela crise fossem mais devastadores para a economia do país.
Hoje, o cenário mundial volta a ser de incertezas.
A aversão ao risco, a volatilidade nas bolsas e a possibilidade de nova recessão mundial podem dificultar o crescimento do Brasil.
Felizmente as linhas de crédito para o mercado imobiliário serão pouco afetadas.
Aliás, é importante lembrar que os recursos da Caderneta de Poupança e do Fundo de Garantia continuarão a suprir o crédito imobiliário.
Com responsabilidade, o Brasil precisa administrar a crise, para que ela não contamine a confiança das famílias e dos investidores.
E mais uma vez, o setor da construção está preparado para cumprir o seu papel – construir habitação e infraestrutura, promovendo a inclusão social e gerando emprego para milhões de brasileiros.

Como na crise de financeira anterior, entendemos que este é o momento de intensificar os investimentos em programas fundamentais como o PAC.
No caso do Minha Casa, Minha Vida, que tem um forte apelo social, serão um milhão e duzentas mil moradias para as famílias de baixa renda.
Mas o programa precisa de ajustes. É o caso do município de São Paulo. Aqui o valor da unidade habitacional ainda precisa ser majorado, para que desta vez as metas do programa possam ser atingidas, com a participação do governo do Estado e da Prefeitura.
Assim, vamos contribuir para a redução do déficit habitacional de São Paulo, o maior do país.

Para o setor público, defendemos obras com projetos bem elaborados, preços justos e preocupação com a qualidade.
Nas licitações, devem prevalecer os preceitos constitucionais da Legalidade, da Moralidade, da Igualdade e da Publicidade.
Com isso, o país inteiro ganha!

Como a construção tem um longo ciclo de produção, o setor está sempre com um olho no futuro.
E para sustentar seu crescimento, o setor precisa aumentar sua produtividade, investir na industrialização de seus processos produtivos, e qualificar o trabalhador para um novo patamar tecnológico.
Para tanto, a desoneração de tributos e a redução de encargos trabalhistas são indispensáveis.

Temos a certeza de que os governos da União, dos Estados e dos Municípios serão nossos grandes parceiros nesta empreitada.
Estamos animados com a perspectiva de a construção receber estímulos para o seu desenvolvimento tecnológico.
E almejamos uma política nacional que coordene os esforços de todos para aumentar a formação e a qualificação da mão de obra.

Entendemos que o governo federal montou uma boa estratégia macroeconômica e iniciou outras reformas, avançando em temas como desoneração tributária, redução de encargos trabalhistas, desburocratização, agilização do Judiciário, e outras medidas essenciais à melhoria do ambiente de negócios.
  

Senhoras e senhores:
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo juntou-se a outras entidades para realizar este evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
Nesta tarefa, estamos firmemente unidos com a Associação das Construtoras do Vale do Paraíba; a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano; a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas; o Serviço Social da Construção do Estado de São Paulo e o Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo.
Também contamos com a Fiesp, que tem apoiado decisivamente a construção. Com a impossibilidade do comparecimento do seu presidente Paulo Skaf, ele nos solicitou que, em nome da presidenta Dilma Rousseff, cumprimentássemos todos os presentes.
Também tivemos a satisfação de contar com o grato apoio de todas as entidades da cadeia produtiva para as palestras e debates que teremos até sexta-feira.
Minhas senhoras e meus senhores,
Nossa missão é de união da construção, com desenvolvimento responsável, sustentabilidade e ética.
Nesta perspectiva, manifestamos o nosso apoio à disposição da presidenta Dilma Roussef de não compactuar com o malfeito no trato da coisa pública.
No Brasil que queremos, cabe resgatar a dignidade e a ética na administração do país.

Presidenta Dilma; Governador Alckmin; Prefeito Kassab,
Contem conosco!
Muito obrigado.