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AGÊNCIA CBIC

14/07/2011

Vendas de imóveis residenciais crescem 43%

"Cbic"
14/07/2011 :: Edição 135

 

Jornal O povo Online 13/07/2011
 
VENDAS DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS CRESCEM 43%
 
Melhoria da renda, atendimento à demanda reprimida e maior segurança jurídica nos contratos são apontados como as principais causas dos bons resultados na venda de imóveis residenciais
 
Nos quatro primeiros meses deste ano, um total de 2.153 imóveis residenciais foram vendidos na Região Metropolitana de Fortaleza, segundo estatística periódica encomendada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-CE) ao Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado (Fiec).
 
A quantidade é 43% superior ao volume de vendas obtido no mesmo período do ano passado, calculado em 1.500 unidades, e sinaliza o bom momento pelo qual passa o setor. No primeiro quadrimestre, a oferta de imóveis teve crescimento expressivo, saltando de 13.738 imóveis, de janeiro a abril de 2010, para 18.777, no mesmo período deste ano. A elevação de 36,67%.
 
Na análise do vice-presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro, o aquecimento do mercado é consequência de diversos fatores, como a melhoria da renda local e uma maior segurança para compradores e investidores com a criação da Lei do Patrimônio de Afetação (Lei 10.931/2004) e a alienação fiduciária, que permitem a retomada do imóvel, caso o pagamento do financiamento não seja honrado pelo consumidor. A lei evita que as construtoras utilizem dinheiro de um novo projeto para pagar dívidas de projetos anteriores, o que dá a segurança aos compradores de imóveis na planta de que o empreendimento será concluído.
 
Montenegro cita ainda a demanda reprimida pelo déficit habitacional que, segundo ele, é de 150 mil moradias, em Fortaleza, e 400 mil, no Ceará. “Além disso, os empréstimos de longo prazo e a injeção de dinheiro no mercado com o programa do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’ fizeram a prestação caber no bolso do consumidor”, acrescenta.
 
Minha Casa
 
Para Manoel Cesário Mendes, da construtora Interpar/Urban, o crescimento maior aconteceu no ano passado, quando sua empresa conseguiu uma elevação de 40% nas vendas, em relação a 2009, principalmente por conta do programa governamental. Ele diz que, atualmente, das 15 mil unidades em construção, no Ceará, pelo “Minha Casa, Minha Vida”, na faixa de zero a três salários mínimos, 4.200 estão sendo feitas pela sua empresa. Ele acredita, no entanto, que o mercado está estabilizado. “As vendas estão boas, pois conseguimos crescer seis por cento, de janeiro a junho, em relação ao primeiro semestre de 2010”.
 
O proprietário da construtora Acopi, Júlio César Lourenço de Oliveira, também está satisfeito com a alta demanda. Ele diz que está prestes a lançar um novo empreendimento, no bairro de Fátima, com 32 apartamentos, que já possui cadastro de 90 clientes na fila, aguardando o lançamento. “Acredito que venderei em três dias”.
 
Para ele, a vantagem de comprar um imóvel na planta também está atraindo pessoas que querem investir e não apenas morar. “Na compra de um imóvel na planta, os aumentos da mensalidade são apenas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC ) até a entrega. Depois disso, é que os aumentos são pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) mais um por cento”, explica.
 
Algumas imobiliárias que trabalham somente com compra e venda de imóveis, também registraram crescimento acima da média. Paulo Angelim, da Viva Imóveis, por exemplo, diz que as vendas do primeiro semestre deste ano foram 23% maiores que as do mesmo período de 2010. “O segundo semestre sempre é melhor do que o primeiro”.
 
Por quê
 
ENTENDA A NOTÍCIA
 
O déficit habitacional em Fortaleza, de cerca de 150 mil habitações, é uma das causas do crescimento da demanda por imóveis residenciais, além do crescimento na renda e maior segurança jurídica para consumidores e construtoras.
 
NÚMEROS 
 
400 MIL CASAS É o déficit habitacional no Estado. Em Fortaleza, a demanda é de 150 mil
 
SAIBA MAIS 
 
A Lei do Patrimônio de Afetação (Lei 10.931/2004) estabelece o regime de afetação para a incorporação, no qual o objeto do empreendimento fica segregado do patrimônio geral da empresa, que adota um patrimônio próprio para cada empreendimento, evitando que os recursos sejam desviados. É uma medida para evitar o ciclo vicioso de uma incorporadora canalizar recursos de um empreendimento para cobrir outro anterior.
 
Alienação fiduciária é a transferência da propriedade de um bem móvel ou imóvel do devedor ao credor para garantir o cumprimento de uma obrigação. Até a criação do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), só existia a alienação fiduciária de bens móveis. A partir do SFI, passou a existir a alienação fiduciária de bens imóveis. O credor fiduciário passa a ter a posse indireta do bem e o devedor permanece com a posse direta, na qualidade de depositário. Pela facilidade de execução, a alienação fiduciária é tida atualmente como uma das formas mais seguras de garantia.

 


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