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AGÊNCIA CBIC

31/10/2011

Uma nova construção civil

"Cbic"
31/10/2011 :: Edição 208

 

Jornal Correio Braziliense/BR 31/10/2011
 

Uma nova construção civil

Engenheiro civil, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF)

 A nova construção civil é esta que adota a sustentabilidade como conceito que veio para ficar – não tem mais retorno. Responsável por cerca de 40% da emissão de gases de efeito estufa e com o mesmo percentual de todo o consumo energético de um país, a construção civil já está se readequando à nova realidade de um mundo que luta pela sobrevivência do planeta Terra.
 Somente com a adoção de práticas sustentáveis de conservação e uso racional dos recursos na construção civil é possível reduzir entre 30% e 40% o consumo de energia e água. O desafio que se coloca para o setor, atualmente, é como construir. Pensando nisso, a Subcomissão de Acompanhamento da Conferência Rio%2b20, do Senado Federal, realizou, em setembro, audiência pública com especialistas para debater o "Decrescimento: Por que e como construir".
 A construção civil está no centro das discussões em torno de um novo paradigma de desenvolvimento. Ela é a maior consumidora de aço do mundo, além da extração de areia, minério de ferro e madeira. Usamos combustíveis fósseis e emitimos cada vez mais CO2. Muito calcário é utilizado na fabricação de cimento, cal e aço, o que gera quantidades enormes de dióxido de carbono.
 Sabemos que o Brasil possui 12% de toda a água doce do planeta, mas é preciso economizar. O gasto médio para uma pessoa, recomendado pela Organização Mundial da Saúde, é de 150 litros. No Distrito Federal, podemos verificar uma média de 250 litros por habitante, realidade que pode ser mudada por pequenos gestos de racionalização no dia a dia.
 Outra área prioritária em nosso setor é a eficiência energética das edificações, um dos requisitos mais avaliados em construções sustentáveis. É necessário incentivar a etiquetagem para as novas construções e contribuir para a busca constante de novas tecnologias.
 Precisamos, ainda, de uma mobilização social para o descarte dos resíduos industriais, sólidos e líquidos, além de seu aproveitamento. Sabe-se que as perdas de materiais, além dos impactos causados pelos grandes volumes de extração de matérias-primas, são inúmeras.
 Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicam que, entre 2010 e 2022, seria necessária a construção de 23,49 milhões de novas moradias, meta a ser alcançada, caso o Brasil deseje zerar o deficit habitacional e acabar com as habitações precárias.
 O caminho para minimizar os impactos passa pelo planejamento, projeto, produção e uso, focando no homem, na inovação tecnológica, no uso e reuso equilibrado de recursos disponíveis, bem como na reciclagem, uma ideia absolutamente necessária. Dessa forma, Estado e sociedade civil devem estar unidos na busca dessa transformação da cadeia produtiva da construção.
 A agenda do desenvolvimento humano é extremamente determinante para a construção da sustentabilidade. Projetos de alfabetização e qualificação profissional, como aqueles desenvolvidos pelo Sinduscon-DF, em parceria com o Senai-DF e com o Seconci-DF, nosso braço social na construção civil, são o resultado da preocupação do setor com a qualidade de vida de seus trabalhadores. Educação é a chave para o desenvolvimento, principalmente, sustentável.
 A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), com o apoio de um conjunto de parceiros, criou o Programa Construção Sustentável, com o objetivo de fazer com que as empresas, os governos e a sociedade repensem seus produtos, suas relações, serviços e estratégias, a partir das dimensões ambiental, social e econômica. A iniciativa também visa à comunicação com funcionários, fornecedores, parceiros e colaboradores, para motivá-los.
 Anunciamos orgulhosos que Brasília será a primeira cidade a ter o Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac), um centro de desenvolvimento e pesquisa, a ser construído no câmpus da UnB do Gama, criado por meio de uma parceria entre o setor produtivo, a Universidade de Brasília, o Governo do Distrito Federal, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a empresa inglesa Building Research Establishment (BRE).
 A principal meta do projeto é fazer demonstração de novos métodos de construção e de tecnologias que sejam inovadoras e sustentáveis, a preços acessíveis. Vamos esverdear os canteiros de obras.

"Cbic"

 

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