AGÊNCIA CBIC
Tecnologia e espaços coletivos são tendências para o futuro da construção civil, diz Dionyzio Klavdianos
O uso de tecnologia, a exemplo da indústria 4.0 e do BIM (Building Information Model), e a preferência por unidades menores nas habitações com espaços coletivos são consideradas tendências para o futuro da construção civil no País. O cenário foi apresentado no último dia 9 de agosto pelo presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, durante palestra sobre o tema “Inovação e tecnologia: o futuro da indústria da construção”, mediada pelo professor Normando Perazzo, por ocasião do III Fórum Inovar e Construir, realizado no Centro Cultural Ariano Suassuna, em João Pessoa/PB. Com apoio institucional da CBIC, o evento foi realizado pelo Sinduscon-JP, Sebrae Paraíba e Revista Edificar.
Na ocasião, Klavdianos informou que a CBIC criou um grupo de trabalho com profissionais de todo o País para discutir como será, numa perspectiva de dez anos, o futuro da construção civil. “Optamos por pensar a habitação, que é a maior demanda do setor. Quando falamos em habitação do futuro, percebemos alguns sinais como tendência, a exemplo do uso do BIM e do coliving. Tudo tem a ver com sustentabilidade, com uma construção que dispende de pouco carbono, gere pouco resíduo e consuma menos energia”, explicou.
Citou como exemplo a empresa Vitacon, que constrói empreendimentos com áreas reduzidas (alguns apartamentos com menos de 20 m²), em São Paulo, mas com grandes espaços coletivos, incluindo escritórios no estilo coworking, bicicletários, lavanderias e cozinhas compartilhadas. “É um exemplo radical, mas que já está acontecendo. A construção civil humanista é no sentido de compartilhar os espaços”, afirmou.
Para implementar as tendências identificadas pelo grupo de trabalho é preciso avaliar dois fatores: o fomento de políticas públicas voltadas ao setor e a mudança de cultura do setor da construção civil. “Esse é o mundo que queremos e que vamos lutar, mas dependemos desses fatores, ou seja, de o governo e o próprio setor identificarem como prioridade um futuro melhor para a construção civil. Não podemos ser levianos e dizer que esse é o futuro, mas, enquanto instituição, devemos lutar para que esse futuro chegue”, frisou Klavdianos.
“Estamos fazendo um grande esforço para facilitar o acesso à tecnologia pelos pequenos construtores. A partir do momento que o governo estabelece política pública, se vai atrás de financiamento, contando com Sebrae e Senai nesse processo, além de empresas de software”, disse. Para mais informações sobre o evento, clique aqui.