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AGÊNCIA CBIC

16/04/2015

Setor de cerâmica tem queda de 50% e demite 720 funcionários em Tambaú

"Cbic"
16/04/2015

G1 – 16 de abril

Setor de cerâmica tem queda de 50% e demite 720 funcionários em Tambaú

Segunda maior produtora de telhas no Estado, cidade teve queda em março.

Sindicato da Indústria Cerâmica informa que a produção já caiu em 20%.

A crise na economia afetou as cerâmicas de Tambaú (SP) e fez com que o segundo maior produtor de telhas no estado registrasse queda de 50% desde março de 2015. Além disso, 720 trabalhadores já foram demitidos das fábricas por causa da situação. O Sindicato da Indústria Cerâmica de São Paulo estima que a cidade deixou de receber R$ 6 milhões e informa que a produção caiu 20%. Além disso, 10 cerâmicas já fecharam as portas em todo o Estado. Dono de uma cerâmica no município, João Admilson Garcia Coracini tenta controlar os gastos. Os custos de produção, como energia elétrica, subiram e as vendas caíram pela metade. Nossa conta pulou de R$ 9 mil para R$ 15 mil ao mês, então para controlar estamos reduzindo a produção, dia sim e dia não estamos produzindo com maquinário para reduzir o custo com energia, falou. Sem compradores, a produção de 300 mil lajotas por mês caiu para 200 mil. Mesmo assim, quase não há mais espaço para estocar. Por causa da crise, muitas das cerâmicas ainda em atividade começaram a demitir. Dos 3,6 mil trabalhadores do setor, 720 já perderam o emprego. O ceramista Iraldo Donizete Miguel trabalhou em uma cerâmica por 11 meses e foi mandado embora. Eu trabalhei nessa empresa rígida por diversas vezes e nunca fui demitido, saí porque quis. Me demitiram dessa vez falando que o setor está em crise e que teriam que me demitir, falou.

Além dele, outros nove funcionários perderam o emprego e os 28 que ficaram se sentem inseguros. Medo de perder o emprego. Temos família para sustentar, imagina ficar desempregado, na rua? É complicado, disse José Benedito Pereira. A produção mensal da cerâmica de Vanessa Aparecida Viel caiu de 400 mil para 300 mil telhas e preocupa a empresária. Estamos na expectativa de que até o mês que vêm melhore, senão vamos ter que reduzir mais ainda a produção e dispensar mais funcionários, comentou. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica, Paulo Morandin, os prejuízos desde o início do ano são enormes. Tambaú e região o setor deixou de faturar R$ 6 milhões. Dois fatores influenciaram. Primeiro a falta de investimento na construção civil e outro foi o aumento abusivo no preço da energia elétrico, explicou. A crise afeta também os motoristas. Maurício Fabricante é autônomo e tem ficado muitos dias do mês sem trabalhar. Fazia na faixa de 20 a 25, mas agora caiu para 10 viagens. Às vezes passo uma semana inteira sem fazer frete algum. Está parado, mas tenho contas para pagar. Está difícil, reclamou.

 

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