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AGÊNCIA CBIC

21/09/2011

Serviços estão mais ecológicos

"Cbic"
21/09/2011 :: Edição 181

 

Jornal Diário do Nordeste – Online/CE 21/09/2011
 

Serviços estão mais ecológicos

Manual, mobilizações, certificação e banco de informações fazem parte das ações das empresas de asseio e conservação

 O tema sustentabilidade integra cada vez mais a visão estratégica das empresas de asseio, conservação e limpeza urbana brasileiras. Num país que produz milhares de toneladas de resíduos sólidos por ano, as companhias do setor vêm assumindo o protagonismo em relação às transformações ambientais e seus reflexos na sociedade. E a responsabilidade só aumenta, tendo em vista a implantação, pelo governo brasileiro, há um ano, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
 Um exemplo desta postura pró-ativa é o lançamento do Manual de Sustentabilidade da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac). O objetivo da publicação é prover a todos os associados conhecimentos sobre o tema, recomendando, assim, como adotar estas práticas nas empresas, entender a aplicação das leis em vigor no País e iniciar a adaptação dos seus negócios e estas novas exigências.
 "Estamos assumindo a nossa responsabilidade na questão da sustentabilidade do Planeta", afirma Cristiane Oliveira, diretora superintendente da entidade. Para ela, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é muito nova e ainda gera uma série de dúvidas para os empresários do segmento. "Existem muitos desdobramentos e ainda estamos analisando a legislação". O manual de sustentabilidade veio de um desdobramento da Ação Nacional Febrac, que acontece todo ano, simultaneamente, nas principais capitais brasileiras, com o objetivo de sensibilizar os gestores e a população para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Em sua quarta edição, a iniciativa abrangeu 16 cidades, no último dia 17.
 Limpeza de áreas verdes
 O Ceará participou, pelo segundo ano consecutivo, da Ação Nacional Febrac. Nesta edição, focada na limpeza de áreas verdes, aconteceu no Parque Parreão II, em Fortaleza. Com a participarão de 11 empresas cearenses e cerca de 60 funcionários voluntários, a ação consistiu na limpeza de áreas verdes, coleta de lixo, poda e plantio de árvores, limpeza de rios e canais, além da pintura do ambiente e meio fio e distribuição de cartilhas. Contou com parceria da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio) e apoio da Emlurb e da Ecofor.
 Para Paulo César Baltazar, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará (Seacec), entidade filiada à Febrac e à Fecomércio, é necessário despertar a população e a sociedade de um modo em geral para a questão da sustentabilidade, sobretudo do cuidado com o lixo. "Cerca de 30% do lixo recolhido nas cidades é derivado de uma falta de cuidado e destinação correta, inclusive para reciclagem", argumenta.
 O carro chefe do segmento, segundo Baltazar, é limpeza e conservação, inclusive de espaços públicos. "Na ação de 2010, conseguimos recolher apenas em um dia, uma tonelada de lixo. Nacionalmente, participaram 14 Estados, recolhendo 14 toneladas de lixo – dois terços não degradáveis a curto prazo", afirma, acrescentando que "a população ainda não está consciente de fazer uma reciclagem deste tipo de lixo". A questão da sustentabilidade é um caminho sem volta, avalia Baltazar, acrescentando que o Seacec orienta as 23 empresas associadas a trabalhem com fornecedores autossustentáveis. "A cada dia mais, a sociedade vai querer companhias que se preocupem com o meio ambiente. Isto é uma coisa que não tem volta. Desta forma, orientamos os associados a trabalhar com gráficas com selo de responsabilidade, madeira reflorestada, entre outros".
 Conforme Baltazar, a grande contradição do setor de asseio e conservação, quando o assunto é sustentabilidade, é trabalhar com sacos de lixo plásticos. "Por isso, nós orientamos os nossos associados a trabalharem com fornecedores de sacos que usem matérias-primas recicladas e biodegradáveis".
 Empregos e impostos
 O setor de asseio e conservação é o segundo maior empregador formal do Brasil e o maior empregador de mão-de-obra feminina de baixa escolaridade. Investe por ano mais de R$ 53 milhões em treinamento e capacitação. Conta com mais de 11 mil empresas e emprega 1,5 milhão de pessoas, sendo 61% na região Sudeste. No Ceará, são 40 mil postos diretos.
 O faturamento anual das empresas de asseio, limpeza e conservação gira em torno de R$ 20 bilhões por ano. Para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o setor recolhe R$ 650 milhões anuais e para o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), o recolhimento é de R$ 1,52 bilhão. Entre Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e outros tributos federais, o setor gasta R$ 2,35 bilhões anualmente, conforme dados da Federação.
 Ante a pujança econômica e a relevância fiscal, aumenta a responsabilidade do setor no campo ambiental. Por isto, a Febrac está criando uma certificação ambiental, que vai analisar os sindicatos e saber se as empresas estão realmente praticando ações voltadas para o aspecto da sustentabilidade. "O Sindicato receberá uma espécie de selo social de reconhecimento pelo trabalho voltado para a questão da sustentabilidade", comenta o presidente do Seacec.
 Para Cristiane Oliveira, o desenvolvimento das ações de sustentabilidade varia muito entre os Estados e regiões brasileiros. "Sabemos que as regiões Sul e Sudeste são mais ou menos adiantadas". Para sistematizar o acesso a informações de iniciativas sustentáveis desenvolvidas pelas empresas a Febrac está elaborando um banco de dados. "No nosso site, em breve, poderemos vislumbrar quais são as ações de cada estado".

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