Sede da Olimpíada lidera valorização

 Os sinais de aquecimento do mercado imobiliário nacional têm sido verificados em cidades como Brasília e São Paulo, mas é o Rio de Janeiro que mais tem preocupado consumidores e feito a alegria do setor nos últimos três anos. Apesar dos sinais de alerta, traduzidos por advertências de economistas de uma bolha em formação na área imobiliária, o fundador da STX, Marcelo Conde, vê a valorização como consequência natural do crescimento do país na última década.

 Apesar da disparada nos preços de imóveis, o fenômeno, principalmente no Rio, na avaliação de Conde, decorre da combinação de fatores de fácil dectecção: as características naturais da cidade, espremida entre o mar e a montanha, e a alta demanda incrementada pelos eventos e investimentos do pré-sal.

 "Os projetos do pré-sal, por exemplo, tem provocado uma alta da demanda que temse refletido na região da Barra da Tijuca", afirma Conde. "Muitos executivos do setor petrolífero têm escolhido o bairro, entre outros motivos, pela localização próxima do aeroporto de Jacarepaguá, utilizado para o transporte de helicópteros do Rio até as plataformas da Bacia de Campos." Emboramaior, e comcaracterísticas topográficas e dimensões distintas das do Rio de Janeiro, São Paulo também vive o mesmo fenômeno de inflação dos imóveis. As duas cidades brasileiras apresentam as menores taxas de desocupação e disponibilidade de terrenos para novos empreendimentos. Em São Paulo, a companhia imobiliária PDG lançou o projeto Design Offices Tower, cujo desenvolvimento também ficou a cargo da STX. Trata-se de umedifício com 150 salas comerciais, próximo ao metrô, no bairro de Santo Amaro, uma das regiões que tem apresentado os maiores índices de valorização imobiliária da cidade. O empreendimento, lembra Conde, tem VGV projetado em R$ 47 milhões.

 No caso do Rio, especificamente, a taxa de desocupação de 1,6% vem acompanhada de um total de 4,5 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis – as menores taxas de uma lista de oito cidades que inclui desde Pequim, na China (10% de desocupação e 4,8 milhões de metros quadrados de área disponível), Mumbai, na Índia (14% e 7,8 milhões de metros quadrados), e Nova York (13,1% e 33,4 milhões de metros quadrados).

 Origem da STX A STA Arquitetura foi fundada há 35 anos pelo ex-prefeito carioca Luiz Paulo Conde. Responsável por empreendimentos que marcaram a região da Barra da Tijuca nos últimos 20 anos, o escritório criou umconceito diferente de imóveis com estruturas e linhas heterogêneas para o complexo corporativo e de lazer Downtown. Hoje, o mesmo conceito foi aplicado para o projeto Bairro Carioca, um conjunto habitacional voltado para a classe C, que a Prefeitura do Rio de Janeiro pretende inaugurar no bairro de Triagem, na Zona Norte da cidade, até o início do próximo ano. O projeto foi redesenhado sob encomenda pela STA.

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 A taxa de desocupação no Rio de Janeiro é de 1,6% e vem acompanhada de um total de 4,5 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis- menor espaço entre oito cidades, que inclui de Pequim, na China, a Mumbai, na Índia, e Nova York