AGÊNCIA CBIC
Programa Brasil Mais Produtivo é tema de debate do Quintas da CBIC
Nesta quinta-feira (7), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou uma edição especial do Quintas da CBIC, dedicada ao Programa Brasil Mais Produtivo, uma iniciativa que busca aumentar a competitividade da indústria nacional através de práticas de gestão, inovação e eficiência. O evento foi conduzido por Renato Correia, presidente da CBIC, e contou com a participação de Dionyzio Klavdianos, vice-presidente da área de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, além de Gustavo Leal, diretor-geral do SENAI, e Flávio Marinho, gerente de Inovação e Tecnologia do SENAI.
O principal objetivo do programa, liderado pelo SENAI, é otimizar processos produtivos e estimular a adoção de novas tecnologias para melhorar a produtividade e a sustentabilidade das empresas, especialmente no setor da construção civil. Durante a live, os palestrantes discutiram como o Brasil Mais Produtivo pode beneficiar o desenvolvimento do setor e apresentaram as diretrizes para adesão ao programa.
Gustavo Leal, diretor-geral do SENAI, destacou a ampla experiência e presença da instituição no Brasil, com mais de 82 anos de história. “O SENAI é uma instituição de 82 anos e que tem uma longa tradição na formação das pessoas para o trabalho industrial. Atuamos em 36 setores industriais, com 70 cursos técnicos e, ao longo desses anos, cerca de 90 milhões de brasileiros passaram pelas nossas formações”, afirmou.
Leal enfatizou ainda a importância da digitalização e da adoção de tecnologias acessíveis para pequenas e médias empresas, mencionando a implementação de sensores baratos nos processos produtivos como um exemplo de como a inovação pode ser aplicada sem grandes investimentos iniciais. “Isso é digitalização, Big Data, inteligência artificial, tudo acessível e pode ser feito passo a passo”, disse.
Flávio Marinho, gerente de Inovação e Tecnologia do SENAI, explicou como o Programa Brasil Mais Produtivo se propõe a conectar diferentes instituições para impactar positivamente a produtividade das empresas. “O programa é inovador porque consegue reunir diversos atores, como o SEBRAE, que vai atuar diretamente com as micro e pequenas empresas, e o SENAI, com soluções voltadas para a manufatura enxuta e eficiência energética”, afirmou.
Marinho destacou que o objetivo é transformar a realidade das pequenas e médias empresas, promovendo melhorias que resultem em maior competitividade e sustentabilidade no mercado. “Nossa meta é impactar mais de 200 mil empresas, com a previsão de atender pelo menos 93 mil”, explicou.
Renato Correia, presidente da CBIC, ressaltou a importância de melhorias graduais nos processos das empresas do setor da construção. “Segmentando o processo, você vai melhorando aos poucos. Isso pode resultar em grandes ganhos de produtividade”, afirmou.
Correia também comentou sobre a oportunidade que as empresas têm de atualizar seus processos produtivos. “Com a produtividade melhorada, mesmo que em 20% ou 30%, as empresas vão gastar menos recursos e aumentar sua competitividade”, observou, referindo-se ao impacto positivo da inovação nos processos da construção.
Dionyzio Klavdianos, vice-presidente da área de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC, falou sobre a importância da conscientização dos empresários para a implementação de inovações. “A gente tá falando muito de industrialização, e é muito importante a gente estar junto, e precisa do empresário, do dono da empresa estar acompanhando esse trabalho. Porque o pessoal lá no canteiro gosta, acha interessante, acha que agrega. Mas o empresário tem que estar junto para dar os próximos passos. E nesse sentido esse programa é muito completo. Então não pode ficar só naquela questão do básico. Tem que ir além, tem que ir para a Smart Factory. Então nesse sentido a conscientização do empresário faz toda a diferença nessa questão”, afirmou Klavdianos.
O evento proporcionou uma troca de informações e abordagens práticas sobre como as empresas podem adotar soluções para otimizar seus processos, melhorar a produtividade e garantir um futuro mais competitivo para a indústria nacional.
