Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

11/09/2012

Prédios verdes no azul

"Cbic"
11/09/2012 :: Edição 398

Jornal O Globo – 11/09/2012

prédios verdes no azul 

O Brasil tem 588 projetos registrados de prédios que buscam certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) de boas práticas ambientais. São construções que almejam ser reconhecidas como sustentáveis por consumirem menos recursos naturais e gerarem menos gases de efeito estufa. Este número faz do país o quarto do mundo, num ranking de 130 nações, perdendo apenas para Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China. Há especialistas do setor com planos ainda mais otimistas. Eles participarão de uma conferência a partir de amanhã, em São Paulo (Greenbuilding Brasil 2012, Conferência Internacional e Expo), e dizem esperar que o Brasil aproveite a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 para chegar, nos próximos quatro anos, à liderança desta prática.

– As pessoas estão esperando que o Brasil lidere o setor das construções verdes. O país tem um enorme mercado, com uma das economias que mais cresce no mundo e está prometendo realizar a Copa e os Jogos Olímpicos mais verdes jamais realizados – afirmou Tim Cole, diretor de Iniciativas Ambientais e Desenvolvimento de Produto da Forbo Flooring na América do Norte e membro do Conselho de Administração do Green Building Council (GBC) dos Estados Unidos.

O especialista, que visitará o país pela primeira vez, fará uma palestra sobre a percepção da sustentabilidade no mundo atual e como os prédios verdes podem contribuir para um futuro melhor. Em tempos de crise econômica, propor construções mais sofisticadas, e, muitas vezes, mais caras, também pode ser uma estratégia de mercado. Aos investidores, Cole mostra seus números: – Esta preocupação com os custos de construção sempre nos rondou. Porém, um prédio verde de alta performance gera não muito mais do que 10% do custo de construção.

Outras certificações, mais simples, praticamente não alteram os valores, na comparação com prédios convencionais. A grande diferença é quando mostramos os custos de operação e manutenção, mais baratos, e a vida útil maior. Portanto, os prédios verdes são os mais lucrativos.

Mais do que economizar nos custos de manutenção, os prédios verdes, em geral, conseguem atrair clientes mais dispostos a pagar por qualidade de vida. Além de explorar a preocupação com o meio ambiente como um atrativo comercial. Ari Kobb, diretor de Sustentabilidade e Construções Verdes da Siemens nos Estados Unidos, que também vai a São Paulo participar da conferência, levará dados de um estudo recém-publicado sobre os lucros gerados pelos prédios verdes.

A valorização no mercado pode chegar a ser 13% maior em escritórios, 18% nas instalações hospitalares e de 15% nos edifícios universitários.

Isto sem mencionar a redução dos custos operacionais, que variam entre 8% a 11% por ano.

– Globalmente, os prédios têm grande impacto no meio ambiente, consumo de energia e geração de lixo, sem falar no tempo em que a sociedade gasta diariamente dentro destas construções. Em geral, os prédios representam 40% do consumo de energia. Então, estamos falando de impactos significantes – ressalta Kobb. – Quando fazemos uma análise de longo prazo, observamos que os custos de energia e de água não param de crescer. A população também está aumentando, assim como o tamanho da classe média.

Isso indica que esverdear os prédios será uma tendência muito sólida.

A própria exposição realizada em São Paulo, três vezes maior da que foi realizada no ano passado, é um termômetro do aquecimento do mercado da certificação das construções verdes. De acordo com o advogado Felipe Faria, relações institucionais e governamentais do GBC Brasil, o setor privado de alto padrão já adotou o selo Leed como requisito mínimo: – O governo também é um indutor da construção sustentável ao propor normas que dão vantagens no IPTU ou ao exigir certificação internacional para conceder financiamento, como faz o BNDES em relação aos estádios da Copa de 2014.

"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Maio/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Ademi – GO
Sinduscon-SF
AEERJ – Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro
Ademi – RJ
Sinduscon-MA
Sinduscon-PLA
Associação Nacional de Correspondentes Caixa Aqui
Sinduscon-SP
ADEMI-AM
Sinduscon-MG
Sinduscom-NH
Sinduscon – Norte
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea