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AGÊNCIA CBIC

30/10/2020

Práticas que valorizam a engenharia e a inovação são destaques do roadshow de MS  

A edição de Mato Grosso do Sul do ‘Roadshow: formação de preços e relações contratuais’ apresentou nesta sexta-feira (30) oportunidades aos empresários de obras corporativas e industriais do estado de aprimoramento do conhecimentos sobre formação de preços e relações contratuais, que resultaram na discussão de práticas que valorizam a engenharia e a inovação e nas vantagens da gestão compartilhada.

“Elevar a maturidade das empresas que atuam no segmento e aumentar o nível de sucesso na implantação de projetos é missão da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)”, destacou o presidente da COIC/CBIC, Ilso de Oliveira, na abertura do evento.

Já o presidente do Sinduscon-MS, Amarildo Miranda Melo, salientou “a relevância do debate tanto sobre o aspecto da importância de se trabalhar com preço justo nos contratos, quanto sobre as relações contratuais, um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas no momento”.

Realizado pela COIC/CBIC, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), com a correalização do Senai Nacional e apoio da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul (FIEMS), durante o evento também foi anunciado o lançamento do Guia de Gestão Compartilhada da entidade, no dia 2 de dezembro, durante o 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).

O roadshow de Mato Grosso do Sul tratou de importantes assuntos como formação de preços e relações contratuais, valorização da engenharia para soluções inovadoras, gestão compartilhada na aquisição de equipamentos pesados e qualidade de fornecedores para gestão competitiva dos negócios.

 A importância da formação de preços e das relações contratuais foi abordada pelo superintendente comercial da Reta Engenharia e coordenador da Subcomissão de Contratados do Sinduscon-MG, engenheiro Thiago Gomes.

As questões estão contempladas nas Cartilhas de Contratos de Empreitada na Construção e de Bonificação e Despesas Indiretas nas Obras Industriais (BDI). Suas edições foram motivadas pela baixa porcentagem de projetos implantados com sucesso no País e pelo aumento de contratos rompidos. “O sucesso ou insucesso de um projeto parte de uma boa formação de preço”, ressaltou Gomes, ao destacar a importância do processo para formar um bom preço, que deve englobar a observância a questões relacionadas ao meio ambiente, segurança, qualidade, escopo, custo e prazo.

Segundo Gomes, para potencializar o sucesso do processo é fundamental:

  • Entendimento do escopo e região de implantação por parte do contratante e contratado
  • Planejamento detalhado na implantação
  • Contratação de empresa com expertise e porte adequado
  • Alinhamento de expectativas entre contratante e contratada

Sobre como reverter o impacto do aumento dos custos e preços ou da falta de insumos durante a pandeia, Gomes defende como solução a gestão compartilhada, que passa pela negociação e transparência dos contratantes e contratados.

O diretor do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Geraldo Celso Cunha de Menezes, reforçou a importância de um projeto bem elaborado e um planejamento estratégico para a obra, antes da contratação.

Para ampliar a participação da empresas do Mato Grosso do Sul na execução de obras industriais e corporativas, em resposta ao questionamento do vice-presidente do Sinduscon-MS e assessor da CBIC, Kleber Recalde, Gomes sugeriu parceria das empresas interessadas com os fornecedores que já estejam empreendendo no estado.

Inovação na construção

Durante o roadshow também foi ressaltada a importância da inovação na construção. “Os prédios do futuro são um misto de tecnologia e materiais, usando o que cada um tem de melhor”, frisou o engenheiro Allan Dias, da CrossLam/CG Sistemas Construtivos.

A empresa fabrica no Brasil dois tipos de madeira engenheirada. A Cross Laminated Timber (CLT), produto de madeira engenheirada de alta qualidade e confiabilidade para lajes e paredes estruturais, e a Madeira Lamelada Colada (MLC), também de alta qualidade e confiabilidade para vigas, pilares, arcos e estruturas treliçadas. “A madeira engenheirada é uma das mais incríveis inovações da construção atualmente e já possibilitou a construção de prédios de madeira em altura”, mencionou Dias.

A empresa utiliza um processo de construção mista com aço e madeira em construções residenciais, corporativas e industriais, que resultam em construção competitiva, com economia de perdas e resíduos.

Pioneira na metodologia de madeira engenheirada na América Latina, Dias aponta como entraves para a empresa a falta de informação de fontes confiáveis da madeira e a desatualização das normas de estrutura de madeira, que estão em revisão para contemplar a madeira engenheirada. Como vantagens, a obra projetada em madeira se torna mais competitiva. “Por ser pré-fabricada, tem economia com a montagem e a construção”. O CEO da CrossLam/CG Sistemas Construtivos, José Aberto, também participou do debate, abordando a questão da aquisição de matéria prima.

Sobre a metodologia, Geraldo Meneses manifestou surpresa com o nível de tecnologia apresentado pela CrossLam/CG Sistemas Construtivos. “Não sabia que no Brasil já existia uma tecnologia em madeira tão evoluída”, disse, completando que sem inovação a construção ficaria fadada à estagnação.

Gestão Compartilhada

O engenheiro Celso Pimentel, da MIP Engenharia, apresentou o case sobre Gestão Compartilhada na aquisição de equipamentos pesados das obras do projeto Polo Gaslub Itaborai, antigo Comperj. A MIP Engenharia foi contratada para o Sistema de Tochas (U-5412 E SE-5412) da Unidade de Processamento do Gás Natural (UPGN). O grande desafio do projeto foi conciliar a fabricação e a logística.

A empresa é responsável pelas obras da torre do Flare – cuja estrutura tem 156 metros de altura –, uma SE e duas unidades, sendo uma delas composta por cinco vasos de pressão da unidade, primordiais para o correto funcionamento da UPGN. Um dos principais pontos da unidade é o sistema de extravasão de gás antes de ser queimado, que é o sistema do Flare.

Um dos vasos de separação líquido/vapor tem dimensão e peso avantajados: mais de 30 metros de comprimento220 toneladas e mais de 6 metros de diâmetro, além de ter sido fabricado na China. “Fizemos a gestão compartilhada com o cliente e chegamos à conclusão de que conseguimos fazer nacionalmente uma fabricação e logística mais eficiente a um menor custo”, frisa Celso Pimentel.  

Pimentel enfatizou que o melhor caminho para fazer o cliente enxergar o benefício da gestão compartilhada é discutir as questões técnicas e comerciais do projeto. “Existe uma questão binária que é confiança. Se não existe, não tem como ter gestão compartilhada”, salientou, reforçando que a relação de confiança deve existir desde o início até o final do projeto.

Já o superintendente do Instituo Euvaldo Lodi de Mato Grosso do Sul (IEL/MS), Luís Fernando Gomes, apresentou o Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (PQF), que visa adequar micro, pequenas e médias empresas tanto a requisitos básicos de gestão quanto às normas internacionais exigidas para negociação com grandes indústrias. Em 13 anos de atuação no mercado, o programa já certificou 279 empresas, resultando em R$ 1,15 bilhão em negócios gerados. “Nós melhoramos a vida da empresas e melhoramos a vida das pessoas”

Com duração de um ano, o PQF engloba ações como:

  • Implementação de sistemas de gestão da qualidade
  • Auditorias de sistemas
  • Formação de auditores
  • Regularização fiscal e financeira
  • Gestão ambiental
  • Gestão em saúde e segurança do trabalho
  • Responsabilidade social

O roadshow integra o projeto ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’ da COIC/CBIC com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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