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AGÊNCIA CBIC

17/02/2011

PIB do Brasil subiu 7,8% no ano passado

 

17/02/2011 :: Edição 040

Jornal Correio Braziliense/BR   |   /17/02/2011

pib do brasil subiu 7,8% no ano passado

Brasília, BR – quinta-feira, 17 de fevereiro
de 2011

CONJUNTURA / Expansão prevista pelo Banco Central
é a maior desde o milagre econômico. Indicador do Itaú Unibanco também aponta
alta: de 7,4%

» VICTOR MARTINS

A economia brasileira cresceu em ritmo invejável
em 2010. Pelos cálculos do Banco Central, o país avançou 7,8% – o que, se
confirmado, será o maior incremento desde o período do milagre econômico. O
dado da autoridade monetária veio em linha com o indicador do Itaú Unibanco,
que projetou 7,4%. Toda essa pujança, segundo analistas, foi impulsionada pelos
estímulos fiscais implementados em função da crise financeira que se iniciou em
2008 e pelo forte volume de investimentos em melhoria de rodovias e outras
obras de infraestrutura.

Para que o ritmo de expansão do ano passado se
tornasse sustentável, seria necessário que os investimentos deste ano
dobrassem, chegando a pelo menos 25% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todas as riquezas do país. "O Brasil precisa crescer na faixa de 7% para
melhorar as condições do nosso povo. O problema é que não temos capacidade de
expansão nesse nível", avaliou Fábio Gallo Garcia, professor de economia
da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Em 2011, não vai ser a mesma festança
do ano passado", constatou.

Acomodação

Em dezembro, de acordo com os dados do BC, o PIB
do país avançou 0,07% e, segundo analistas, deve crescer em ritmo moderado em
2011. Para janeiro, a prévia do PIB mensal Itaú Unibanco aponta para elevação
de 0,2% em relação a dezembro, o que, para os especialistas da instituição
financeira, representa um arrefecimento neste início de ano. "Os sinais de
acomodação do PIB mensal em janeiro podem se estender para os meses
subsequentes. O ritmo de crescimento mensal, de fato, deverá ser bem mais
lento", ponderou Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco.

Fernando Monteiro, economista-chefe da corretora
Convenção, faz coro a Bicalho e argumenta que, com a possibilidade de um aperto
na taxa básica de juros (Selic) mais forte do que o previsto inicialmente,
somado ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento e às medidas restritivas de
crédito, o Brasil irá frear e estacionar abaixo do crescimento de 4,5% – antes
apontado como o PIB potencial do país. "Não se cresce nesse ritmo de 2010
por dois anos seguidos", disse Monteiro.

Com essa perspectiva de arrefecimento, os analistas
estão revisando para baixo o PIB de 2011. Passaram de 4,5% para algo entre 3,5%
e 4%. "Precisa ser menos de 4,5% porque esse é o valor potencial e ele não
abre folga na economia. Assim, o país não consegue absorver os choques de
oferta, como o dos alimentos", argumentou Monteiro. Segundo ele, um
incremento dessa magnitude manteria o consumo ainda muito elevado e a inflação,
que tem corroído intensamente o orçamento das famílias, iria se fortalecer
ainda mais.

A despeito da acomodação, o Itaú Unibanco calcula
que o PIB do último trimestre do ano ainda deixará um efeito estatístico para o
primeiro de 2011. Se o país hipoteticamente não gerar riqueza alguma no
período, ainda assim irá crescer 1,2%. Para janeiro, segundo o banco, já
estaria garantido o incremento de 0,6%.

——————-

US$ 18 bilhões do exterior

Com os juros altos garantindo alta rentabilidade
para os investidores, o Brasil já atraiu neste ano US$ 18,09 bilhões do
exterior. A entrada de dólares de janeiro até 11 de fevereiro já representa
74,31% de todo o fluxo cambial para o país registrado no ano passado (US$
24,354 bilhões), desafiando as medidas adotadas pelo governo para conter o
ingresso de capital externo. Todos os dólares estão sendo comprados pelo Banco
Central (BC). Se não fossem as fortes intervenções do BC no mercado, a taxa de
câmbio estaria num patamar ainda mais baixo do valor atual por conta da pressão
dos dólares que ingressam no país.


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