Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

26/02/2013

Pequena empresa lidera contratações

"Cbic"
26/02/2013

O Estado de S. Paulo/BR

Pequena empresa lidera contratações

Empreendedores criaram 52% dos empregos entre 2000 e 2011, aponta estudo do Sebrae; construção e comércio puxam expansão
 Roberta Cardoso   
 Os    pequenos empreendimentos se consolidaram nos últimos anos – entre dezembro de 2000 até o mesmo período de 2011 – como os principais empregadores da economia formal no País, segundo dados inéditos que serão divulgados hoje pelo Sebrae.
 O levantamento, feito em parceria com o Dieese, aponta que 52% da mão de obra no período foi contratada por pequenas empresas, aquelas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Em pouco mais de uma década, elas foram responsáveis pelo preenchimento de sete milhões a mais de vagas com carteira assinada e pela criação de 15,6 milhões de postos de trabalho.
 Apesar disso, é visível uma queda na participação das pequenas empresas no total de postos de trabalho criados – de 55,4% em 2001 para 51,6% em 2011 (veja   gráfico ao lado).   Isso se explicaria pela mudança geral da característica do emprego no País – a carteira assinada vai dar cada vez mais lugar à figura do colaborador ou prestador de serviço, segundo Samy Dana, professor de economia da FGV-SP.
 Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, há mais aspectos favoráveis do que negativos no relatório. "Os efeitos positivos desse crescimento se refletem na melhora dos salários. Eles subiram 18%, praticamente o dobro do que o pago pelas médias e grandes empresas. É excelente, levando em consideração que as pequenas empresas são a porta de entrada para o jovens no mercado", explica Barretto.
 No mesmo ritmo, trabalhadores de empreendimentos de porte menor com mais de 60 anos, aponta o levantamento, tiveram um incremento de 26% nos salários, o mesmo porcentual de pessoas entre 18 e 24 anos. "São mudanças muito significativas. Por anos, o trabalhador que está perto da aposentadoria amargou a falta de perspectivas profissionais. Mas isso mudou. Hoje, as pequenas empresas já possuem condições de manter um funcionário mais experiente com salário mais alto", ressalta.
 O aumento das contratações incidiu principalmente nos setores de construção (115%) e comércio (81%). Ambos foram beneficiados pelo aumento da renda do brasileiro, que passou a consumir mais, e pela multiplicação dos programas de incentivo a construção da casa própria. No entanto, a distribuição dessas vagas em território nacional sinaliza algumas mudanças muito importantes no País.
 O número de empregos oferecidos ainda é maior no Sudeste, que responde por 51,7% do total de postos de trabalho criados no Brasil desde 2000. Porém, a região perdeu força – houve queda de 3,8 pontos no total de contratações com carteira.
 "Os custos para se manter a operação de uma empresa nas grandes metrópoles é alto. É natural que haja uma migração para outras partes do Brasil, onde os custos são mais baixos. Em cidades menores, as micro e pequenas são a maioria", explica Samy Dana.
 A ampliação da taxa de contratações no Nordeste confirma a tese do economista. A região ampliou de 134% para 154% o número de postos de trabalho. Já o Centro-Oeste incrementou os salários em 32%.
 Expansão. Na última década, o setor de construção civil está recuperando o fôlego. O segmento, essencialmente dominado por médias e grandes empresas, passou a oferecer também mais oportunidades para os donos de negócios de porte menor. São empresas como a do engenheiro Luis Alberto Costa, sócio da Pilão Engenharia e Construções.
 "Quando fundamos a empresa, em 1997, os funcionários éramos nós mesmos", conta o empreendedor. Hoje, Luis Alberto e seus dois sócios dividem as tarefas com mais oito engenheiros, 100 funcionários fixos e uma média de outros 200 operários contratados ao longo do ano, de acordo com as demandas.
 "Nos últimos anos houve uma evolução enorme e as pequenas empresas, que antes só sobreviviam prestando serviços para obras públicas, ganharam espaço ao fazer parcerias com empreendimentos maiores."
 ——
 Ganhos
 Luiz Barretto
 PRESIDENTE DO SEBRAE
 "Os efeitos positivos desse crescimento refletem nos salários. Eles subiram 18%, quase o dobro do pago pelas médias e grandes empresas."
 —–
 Indexação
 MTE
 RAIS

 
"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Abril/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon – Grande Florianópolis
Sinduscon-Pelotas
Sinduscon-Mossoró
SECOVI- PB
APEOP-PR
Ademi – AL
Abrainc
Sinduscon-MS
Ademi – DF
Sinduscon-AM
Sinduson – GV
Sicepot-PR
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea