AGÊNCIA CBIC
Participação da sociedade civil é essencial para melhoria das cidades
A partir do projeto O Futuro da Minha Cidade, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a capital mineira, Belo Horizonte, implementou o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese-BH), em agosto de 2022.
A criação do Conselho teve início no ano de 2020, com algumas das principais entidades da sociedade civil organizada de Belo Horizonte, contou a presidente do Codese-BH, Cássia Ximenes. O grupo, segundo ela, denominado Núcleo de Ignição do projeto, visava sensibilizar os principais atores da cidade, sejam do setor público, privado ou da academia.
Cássia ressaltou que o propósito do Codese é planejar e acompanhar o futuro de Belo Horizonte. “Temos que trabalhar com desenvolvimento econômico, tecnológico, educação e pensar qual cidade é essa que nós sonhamos. Para isso, temos que entender o que está acontecendo, fazer um diagnóstico para que, juntos, chamando a sociedade para discutir, possamos construir soluções de interesse de todos. Com o apoio, claro, do poder público e sociedade civil, para podermos construir a cidade do futuro. Nós acreditamos na atuação do Codese e acreditamos no amanhã!”, afirmou.
Os principais desafios enfrentados até o momento, segundo a presidente, passam pela consolidação do projeto, além da mobilização e convencimento dos atores acerca da importância da participação ativa da sociedade civil na vida da cidade.
Para a implementação do projeto, o planejamento desenvolvido pelo Conselho abrange cinco grupos de trabalho voltados para desenvolvimento econômico; planejamento urbano; desenvolvimento social; educação; e inovação e tecnologia.
Além de contribuir com o planejamento da cidade, a presidente do Conselho apontou que o Codese-BH atua na requalificação urbana do centro de BH, na recuperação das perdas na educação pública do período pós-pandemia e no projeto Canto de Rua, realizando o acolhimento e tratamento de pessoas em situação de rua.
Para que o Codese-BH tenha uma atuação mais efetiva, a participação da sociedade é essencial, destacou Cássia. “É importante entender a visão do agente público como titular da política pública. Mas a sociedade civil vive o dia a dia da cidade e é confrontada com a realidade que se apresenta, podendo contribuir de forma assertiva com o processo de construção do planejamento estratégico da cidade, visando políticas públicas que gerem resultados efetivos e coerentes com os verdadeiros anseios populares. “, disse.
“Acreditamos que a união de representantes da sociedade com o propósito único de construir um futuro melhor para Belo Horizonte tem força e energia para concretizar o que hoje é projeto e que um dia foi sonho”, concluiu.
O Futuro da Minha Cidade
Desde 2012, a CBIC realiza o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, com correalização do Sesi Nacional, tendo o objetivo de desenvolver e fortalecer o protagonismo na sociedade organizada para pensar e atuar no planejamento de pelo menos 20 anos para as cidades, de forma apartidária, superando as gestões públicas.
O projeto surgiu da experiência bem sucedida da cidade de Maringá, no Paraná, por meio do seu Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem/Codese), que possui um caráter deliberativo e consultivo e tem como finalidade propor e executar uma política de desenvolvimento econômico, social e planejamento urbano. Tem como características a participação voluntária, visão de futuro e planejamento, suporte técnico profissional, foco no desenvolvimento econômico e representatividade da sociedade organizada.
Entidades locais que participaram na implementação do Codese-BH:
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), Associação Comercial de Minas (ACMinas), Associação dos Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte, Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO/MG), Câmara do Mercado Imobiliário e o Sindicato de Habitação (CMI/Secovi-MG), Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais (SERT/MG), Sociedade Mineira de Engenheiros (SME/MG), Associação Brasileira do Escritórios de Arquitetura (Asbea/MG) e Associação do Bairro Buritis.
O projeto está alinhado com os ODS: 11 – Cidades e comunidades sustentáveis e 17 – Parcerias e meios de implementação.