PAC vai elevar investimento a 25% do PIB

 O total de investimentos previstos para a primeira e segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) levará o Brasil a atingir uma taxa de investimento de 25% do Produto Interno Bruto (PIB),um salto em relação ao patamar de 20% que deve ser registrado neste ano. A afirmação é do secretário do PAC, Maurício Carvalho, para quem o desempenho do PAC 1 foi "muito positivo".

 "Do total de investimentos do PAC 1 – de R$ 657,4 bilhões -, R$ 541 bilhões tinham previsão de conclusão das obras em 2010 e R$ 115,6 bilhões nos anos seguintes, como o caso da Usina do rio Madeira e da Transnordestina.

 Ao todo, 88% do que estava previsto para conclusão em 2010 foi concluído, ou R$ 444 bilhões. Os 18% não concluídos conforme o cronograma representam um percentual de frustração muito pequeno", afirmou Carvalho.

 Na avaliação do secretário, o principal entrave enfrentado para o avanço dos projetos está ligado à falta de conhecimento de algumas gestões municipais, em especial os pequenos municípios, na elaboração de projetos de engenharia. Muitos, diz, são elaborados fora de padrão, o que inviabiliza repasse de verbas e gera atraso nas obras. "Estamos, hoje, conversando com os estados para melhorar isso, pois os municípios menores têm, geralmente, os menores índices de desenvolvimento e são os que mais precisam de investimentos." O PAC 2 traz muito mais recursos, quase R$ 1 trilhão, e consequentemente mais desafios, admite Carvalho. Entre outros pontos, ele cita a necessidade de monitoramento mais intensivo das obras; revisão de processos burocráticos, para tornar os repasses mais simplificados; aperfeiçoamento dos modelos de concessão, elevar a produtividade de todos os envolvidos na cadeia; e ampliar a parceria com o setor privado.

 No balanço dos últimos seis meses, o secretário informou que de um total de R$ 955 bilhões previstos em investimentos, R$ 86,4 bilhões foram desembolsados pelo governo."A maior parte deles,R$ 34 bilhões, veio de financiamentos habitacionais para o minha Casa Minha Vida. Em segundo lugar estão os investimentos de estatais, com R$ 24 bilhões. O setor privado desembolsou R$ 13,4 bilhões no período."

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 Principal entrave está ligado a problemas na elaboração de projetos de engenharia