Obras industriais: investimento e sustentabilidade em debate no Construa Minas

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realiza, nos dias 19 a 21 deste mês, o Congresso de Obras Industriais e Corporativas, com debates sobre o caminho dos grandes investimentos nos próximos anos, a gestão compartilhada dos projetos e como as empresas podem responder às exigências de seus clientes em respeito a práticas de sustentabilidade. O congresso, elaborado pela Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC, foi incluído na programação do Construa Minas, o evento que vai reunir toda a cadeia produtiva da construção na próxima semana em Belo Horizonte.

A área de obras industriais e corporativas representa um terço do PIB da Construção, segundo o presidente da COIC, Ilso José de Oliveira. Em 2020, de acordo com ele, o segmento executou obras no montante de R$ 85 bilhões, com 850 mil empregos apenas nos canteiros de obra.

No propósito de interação das empresas da construção com o mercado, o congresso contará com a participação de representante do Grupo Gerdau, que apresentará o plano de investimento do grupo, com os projetos que pretende investir no período dos próximos três a cinco anos e os novos produtos para o setor. “As empresas, de acordo com o porte dos empreendimentos, poderão se preparar no sentido de identificar aquela oportunidade e avaliar se está preparada para atuar e participar daquele projeto”, afirmou o presidente da COIC.

Outro tema que envolverá os debates é a agenda ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), o conceito que avalia as ações de desenvolvimento sustentável das empresas. Além dos debates sobre sustentabilidade, será lançada a cartilha ESG da CBIC com a Fundação Dom Cabral e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais, Sinduscon-MG.

A cartilha foi produzida para orientar objetivamente as empresas do segmento da construção do que se trata efetivamente essa prática ESG, da importância nas empresas e de como fazer para implantar esse programa. “Os contratantes de obras industriais e corporativas valorizam as empresas que contam com programas de ESG. No espaço de tempo curto, elas vão exigir que os seus fornecedores os tenham, até porque são grandes empresas, que têm ações negociadas em Bolsas no mundo todo e precisam demonstrar que praticam esses quesitos. Na medida em que praticam, exigem que seus fornecedores também adotem essa agenda”, afirmou Oliveira.

“Esse é um caminho sem volta. Muitas empresas já entenderam isso, outras nem tanto, mas essa cartilha é fundamental. Eu entendo que vai ser um divisor de águas na relação das empresas com essa questão do ESG”, continuou. Outro ponto do congresso será o debate sobre a gestão compartilhada, o conceito que direciona todos os setores envolvidos no mesmo projeto a alinhar os objetivos no sucesso do empreendimento. O programa prevê visita a uma obra em andamento que se tornou um case de sucesso. Em 2020, a CBIC lançou um guia prático da gestão compartilhada e, neste ano, está concluindo um curso de Ensino à Distância (EAD) para orientar as pessoas que atuam no setor.

Oliveira afirmou que, do ponto de vista das empresas, o congresso foi elaborado para a elevar o nível de maturidade das empresas. “Vamos mostrar que existem coisas importantes a serem feitas, caminhos importantes para se fazer e um mercado bastante promissor”, disse. “Estamos focando em ESG, gestão compartilhada e mostrando que as empresas podem investir em inovação e em aprimoramento, porque há mercado e projetos de grande porte a serem construídos. É oportuno investir em treinamento de pessoas, em inovação”, completou.

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O evento é uma iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), com apoio do Sebrae.

O Construa Minas teve patrocínio (Diamante) da PAD, Fassa Bortolo (Patrocínio Ouro), Sicoob Imob.vc (Patrocínio Prata), Ferreira, Pinto, Cordeiro, Santos & Maia Advogados e Sienge CV (Patrocínio Bronze). E apoio institucional do Crea-MG, Fundação Dom Cabral, CMI/Secovi MG, Secovi SP e Prefeitura de Belo Horizonte.

O tema tem interface com o projeto ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’ da COIC/CBIC, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).