AGÊNCIA CBIC
Obras em aeroportos da Copa patinam
01/08/2013 |
FOLHA DE S.PAULO Obras em aeroportos da Copa patinam A menos de um ano da Copa de 2014, metade das obras programadas para os aeroportos que servirão à competição a partir de junho engatinha ou nem começou. Balanço feito pela Folha mostra que dez obras não alcançaram 30% da execução. A lentidão afeta sobretudo capitais que sediarão o evento: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza, Curitiba e Natal. (O cronograma em Manaus e Salvador, em contrapartida, está adiantado.) Seis dos casos graves estão nas mãos da estatal Infraero. Em Confins (MG) há três obras previstas, mas a mais adiantada delas, a ampliação do terminal de passageiros, está com 26% executados. Já a construção de um novo terminal foi suspensa após o TCU (Tribunal de Contas da União) vetar o reajuste dos preços mínimos da concorrência, o que afastou todos os interessados. A Infraero começou a construir um terminal provisório em julho. Em Porto Alegre (RS), a maior parte das obras de ampliação do terminal, do pátio e da pista não começou. Pouco das expansões planejadas para Cuiabá (18%), Fortaleza (27%), Rio (22%) e Curitiba foi executado. As últimas começaram em maio deste ano, mas as do Rio se arrastam desde 2008. PRIVADOS A Infraero já reviu mais de uma vez o cronograma final de entrega das obras Os dados oficiais apontam que mesmo o aeroporto privado de Natal, a primeira concessão do governo para obras aeroportuárias, está atrasado. A construção começou só em janeiro, quase um ano após o leilão. O consórcio vencedor, Inframérica, afirma que 27,5% da obra havia progredido até o fim de junho –menos que os 31% prometidos no plano original entregue ao governo. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável por fiscalizar a concessão, a companhia já foi notificada sobre atrasos. Mas, afirma a agência, embora a Inframérica tenha se comprometido a concluir as melhorias em Natal antes da Copa, ela só será punida se não entregá-las até janeiro de 2015, extrapolando os 36 meses previstos em contrato. As obras de acesso viário ao aeroporto, de responsabilidade do governo estadual, também estão atrasadas e, após a troca da empreiteira, devem ser concluídas em maio, a um mês do evento. Outros três aeroportos concedidos à iniciativa privada estão com os reparos mais avançados. Brasília alcançou 35%, Campinas, 36%, e Guarulhos, 50%. As concessionárias responsáveis por eles estão sujeitas a multa caso não concluam as obras até maio.
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