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AGÊNCIA CBIC

28/02/2014

O peso da fraqueza industrial

"Cbic"
28/02/2014

Correio Braziliense

O peso da fraqueza industrial

Produção caiu 0,5% no quarto trimestre do ano passado e reduziu participação no PIB de 26% para 24,8%, menor patamar desde 2000

 » SÍLVIO RIBAS 

 A indústria perdeu importância no Produto Interno Bruto (PIB) e ainda inibiu a atividade econômica em geral. O desempenho do setor no último trimestre apresentou queda de 0,2% na comparação com o anterior e cresceu só 1,5% em relação a igual período de 2012. Conforme dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontaram crescimento trimestral do PIB de 0,7% e de 2,3% em 2013, a fatia industrial no PIB caiu de 26%, em 2012, para 24,9%, ano passado. Trata-se da menor presença desde os 27,7% de 2000.

O espaço deixado pelas fábricas foi ocupado pelos serviços, que elevaram o seu peso no PIB, de 68,7% em 2012 para 69,4% no ano passado. Essa foi também a maior fatia alcançada pelo segmento no PIB também desde o fim do século 20. A agropecuária, por sua vez, evoluiu nessa comparação, de 5,3% para 5,7%. A fraca performance da indústria nos últimos meses de 2013 tinha esanimado as expectativas de retomada econômica em 2014.

Para analistas ouvidos pelo Correio, a perda de competitividade internacional da indústria é a principal causa para os números fracos do PIB. Eles temem ainda que limitações do setor agravem a deterioração das contas externas do país, impulsionada pelo avanço de manufaturados importados. "Até quando se manterá o tal equilíbrio na performance da economia, garantido pelo impulso de comércio e serviços com importados? Os números negativos da balança comercial são um alerta", observou Cláudio Dededca, economista da Unicamp.

No último trimestre de 2013, a indústria de transformação cresceu apenas 1,3% em relação aos três meses anteriores, resultado influenciado pela produção de máquinas, material eletrônico e equipamentos de comunicação, de transporte e de refino de combustíveis. "Ao contrário de 2012, a produção e a importação de máquinas e equipamentos cresceram, sobretudo de caminhões e ônibus", informou a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Pallis.

» Canteiro de obras 

 A construção civil, que serve de termômetro para as taxas de empregos, ficou estável no quarto trimestre de 2013. Movido a linhas de crédito e a programas oficiais como Minha Casa Minha Vida, o segmento avançou 1,9% no ano passado. Os serviços de utilidade pública (eletricidade, saneamento e limpeza urbana) registraram, por sua vez, o maior crescimento industrial, 3,4%. O desempenho anual de 2,9%, se deveu ao avanço no consumo residencial de eletricidade.

 » Contexto adverso  

 Roberto Giannetti da Fonseca, diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), lamentou "a continuidade do receituário de fracasso da indústria iniciado há uma década", combinando câmbio, tributos e burocracia. O quadro compromete exportações de manufaturas e a competição com importados. Para ele, a mineração, que acumulou queda de 2,8% em 2013, reflete o baixo nível de investimentos.



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