Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

06/05/2013

O Brasil ainda engatinha na avaliação da sustentabilidade de prédios e casas

"Cbic"
06/05/2013

Jornal XYZ – 10/10/2010

O Brasil ainda engatinha na avaliação da sustentabilidade de prédios e casas

 » PRISCILLA OLIVEIRA
Selo que comprova menor consumo de energia começa a ser usado em edifícios  
 Especial para o Correio
 O consumidor que se preocupa em economizar energia agora tem mais opções na hora de comprar produtos com a etiqueta de eficiência energética. Já bastante comum em aparelhos como ar-condicionado, geladeiras e chuveiros elétricos, o selo chega também aos edifícios comerciais e residenciais. Por enquanto, garantir um menor consumo e aproveitamento da energia não é obrigatório. Mas a prática já é tida no mercado como diferencial competitivo.
 Semelhante às etiquetas que avaliam os eletrodomésticos, os edifícios, no novo padrão, chamado de Etiquetagem de Edificações do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações, da Eletrobras (Procel Edifica), terão classificações que vão variar das letras A, em que o nível de aproveitamento é máximo, e a letra E, em que a eficiência é muito baixa.  As construções serão avaliadas de acordo com a região do país em que estão localizadas. Por exemplo, em Brasília, onde o clima é quente, é desaconselhado que se planejem estabelecimentos completamente envoltos em vidro, pois o ambiente vai exigir maior uso do ar-condicionado , explica a arquiteta Milena Sampaio, proprietária da empresa Quali-A de etiquetagem.
 Para ter uma nota positiva, as construções comerciais serão avaliadas também no que diz respeito ao sistema de iluminação   que leva em consideração, entre outros fatores, se há o aproveitamento da luz natural e se a potência instalada em cada ambiente é adequada à necessidade do local   e à climatização. No segundo item, o principal cuidado deve ser a escolha de equipamentos que possuem o selo. A de certificação energética. Nos edifícios residenciais, são avaliados: a parte externa e o sistema de aquecimento de água, além dos sistemas presentes nas áreas comuns dos edifícios multifamiliares, como iluminação, elevadores e bombas centrífugas.
 Processo
 No Brasil, já foram emitidas 1020 etiquetas residenciais e 64 comerciais, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). Juntas, essas edificações consomem cerca de 45% da energia produzida no país, o que coloca o tema na lista de prioridades do governo, afirma Paulo Leonelli, gerente de Projetos do MME. Um grupo de técnicos da pasta atuou diretamente no desenvolvimento da certificação.  Da nossa parte, estamos dando todo o apoio para que o processo de classificação avance. Montamos, ao longo de vários anos, uma radiografia da situação energética das construções públicas e privadas, até chegarmos a esse modelo. É um instrumento novo no Brasil, porém já usado em outros locais no mundo, explica.
 Entre as empresas de construção civil, a certificação é considerada vantajosa, já que envolve medidas mais simples de serem implementadas quando comparadas a outras conformidades, como o selo verde.  A etiquetagem é um processo menos burocrático e mais fácil de as empresas abraçarem do que outros programas que podem até ser mais abrangentes, mas não traduzem para a comunidade os benefícios daquela economia, explica o presidente da Cooperativa da Indústria da Construção Civil (Coopercon-DF) e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no DF (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos.
 No setor, segundo Klavdianos, as iniciativas para obter a nova certificação ainda são pontuais, até pelo fato de a divulgação do programa estar em fase inicial.  Nós mesmos estamos fazendo algumas modificações no nosso prédio, conta.  Um selo A é um diferencial competitivo na hora de vender um empreendimento. O consumidor vai pesquisar e, entre imóveis similares, se um tiver o selo B ou C e outro o selo A, a tendência é que ele escolha o com maior eficiência, como já acontece com os eletrodomésticos, completa.
 A psicóloga e professora Beatriz Ramos Pereira, 29 anos, concorda com Klavdianos. Ela acabou de se mudar e conta que um dos motivos para a escolha do apartamento, que fica na Asa Norte, foi a boa iluminação. Durante o dia, ela e as duas amigas que moram juntas não acendem as luzes da casa.  Se eu fosse comprar um apartamento, certamente me preocuparia em olhar se o prédio tem uma boa classificação energética, além de outras coisas, como aquecimento solar. Já tivemos essa preocupação na hora de escolher os eletrodomésticos. Aqui até o chuveiro tem nota A e economiza energia, afirma a psicóloga.
 Obrigatório
 O Procel Edifica deverá se tornar obrigatório nos próximos anos para os edifícios públicos, privados e residenciais. Para os empreendimentos comerciais, a etiqueta existe desde 2009.  Ainda não há data para a obrigatoriedade, já que ela exige uma infraestrutura grande de organismos certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), responsável por emitir as etiquetas. E é nessa fase que estamos agora. Já temos um instituto credenciado em Florianópolis, estamos credenciando a Quali-A em Brasília e temos outros três grupos no processo, explica Leonelli.
 » Eletrodomésticos
  O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) foi criado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em 1984. Desde então, produtos da linha branca, como fogões e geladeiras, são obrigados a passar pela avaliação, que os classifica com letras que vão de A  a  E , de acordo com a eficiência na economia de energia. A ideia é que o consumidor tenha informações úteis sobre a sustentabilidade do produto. As etiquetas devem ser colocadas em lugar visível. Segundo o Inmetro, ao comprar produtos com a certificação A, a economia pode ser de até 10%. A partir deste ano, os produtos classificados como E não poderão mais ser comercializados. » Leia mais sobre sustentabilidade em www.correiobraziliense.com.br/ser-sustentavel

 
"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Abril/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sicepot-PR
ASSECOB
APEOP-PR
Sinduscon-BA
ADEMI – BA
Sinduscon-SF
APEMEC
Sinduscon-MG
AELO
Sinduscon Anápolis
Sinduscon-AM
FENAPC
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea