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AGÊNCIA CBIC

24/02/2015

Mercado já teme estagnação

"Cbic"
24/02/2015

O Popular – 24 de fevereiro

Mercado já teme estagnação

Karina Ribeiro

O cenário para o setor imobiliário este ano em Goiânia é de estagnação, com tendência para ligeira retração. Os argumentos para essa estimativa é a demora na sinalização do governo federal para as diretrizes da oferta de crédito imobiliário, atraso na regulamentação da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), endividamento da população e elevação das taxas de juros. Esses são alguns dos pontos levantados ontem no 1º Seminário do Mercado Imobiliário promovido pelo Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado de Goiás (Secovi-GO).

O setor reclama da falta de regras claras para a terceira etapa do MCMV. A regulamentação é aguardada desde setembro do ano passado e, conforme representantes do setor, a tendência é de que não saia do papel antes do mês de abril. Essa condição desconfortável é responsável por engavetar projetos e gerar insegurança entre as empreiteiras. Uma das mudanças mais aguardadas é a recomposição no preço de repasse para construção das obras, cuja defasagem gira em torno de 10%. Ainda há um burburinho que pode imprimir força negativa: há possibilidade de mudanças nas regras para que os bancos não possam mais financiar unidades do programa habitacional para autônomos que não possam comprovar renda. A estimativa é de que esses trabalhadores correspondam a 30% do volume do MCMV. Profissionais do setor acreditam que essa guinada é para dificultar a liberação de recursos num momento de arrocho fiscal.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, afirma que os três primeiros trimestres serão de reajuste. “A economia deve começar a retomar no fim do ano e este é um setor que responde rápido”, diz. Inclusive, embora com estimativa de estagnação, prevê um desempenho melhor se comparado a outras áreas.

Ele acredita que o número de lançamentos este ano deva ser igual ou inferior ao ano passado, que já apresentou um número reduzido. Foram lançados 24 empreendimentos em 2014, bem inferior aos 76 empreendimentos lançados em 2010, por exemplo. Em contrapartida, informa, em 2014, as vendas continuaram no mesmo ritmo de 2013, promovendo queda no estoque. Em outubro do ano passado existiam 9.289 unidades disponíveis no mercado.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-GO), Oscar Hugo Monteiro Guimarães, critica a inércia do governo federal para sinalizar medidas para o crescimento, sobretudo para os imóveis compatíveis à renda das classes D e E. As duas faixas correspondem a 70% da demanda do setor. “Temos uma visão de expectativa, ainda temos agentes financeiros para imóveis de médio e de alto padrão”, explica. Ele explica que o setor vive um momento desconfortável, faltando definições até para investimentos a médio prazo. “O governo não dá nenhum horizonte”, diz.

Por outro lado, o diretor do Secovi-GO, Ioav Blanche, afirma que este é um ano de oportunidades para quem pretende comprar imóveis. “Comprar em período que todo mundo está comprando, o consumidor acaba pagando mais caro”, diz. Ele argumenta que, embora o governo esteja ajustando as contas, não deve deixar o setor sem assistência. “Seria um tiro no pé. O setor corresponde a 20% do Produto Interno Bruto”, diz.

Lei do Corretor

Para uma plateia de dezenas de corretores, o deputado catarinense, Edinho Bez (PMDB), esteve presente durante o seminário e apresentou a Lei Federal 13.097/2015, que oferece transparência e legalidade para os contratos de parceria entre corretores e imobiliárias.

O relator da lei federal explica que a falta de regulamentar uma lei própria para o setor, gerava entre corretores de imóveis e empresas insegurança jurídica e tributária. Em Goiás, são 22.113 profissionais cadastrados no Creci-GO.

Conhecida como Lei do Corretor Associado, autoriza que corretores e imobiliárias se associem sem vínculo empregatício e previdenciário, mediante um contrato de associação específico, registrado no Sindicato de Corretores de Imóveis (Sindimóveis). “Todo entendimento de um plantão ou de um lançamento poderá estar vigente em contrato”, diz.

Para Oscar Hugo, a vantagem da lei é que estabelece três tipos de profissionais: o corretor com vínculo empregatício, o autônomo e o associado. “Ele pode trabalhar em várias empresas ao mesmo tempo e não tem subordinação hierárquica e de horário”, ressalta.

Sebastião Nogueira

Oscar Hugo: “O governo não dá nenhum horizonte”

 


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