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28/02/2014

Investimento sobe mais que consumo das famílias e puxa alta de 2,3% do PIB

"Cbic"
28/02/2014

Valor OnLine

Investimento sobe mais que consumo das famílias e puxa alta de 2,3% do PIB

A mudança no perfil de composição do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, com crescimento maior dos investimentos do que do consumo das famílias e despesas do governo, foi a principal razão para a expansão de 2,3% da economia este ano, frente a avanço de apenas 1% em 2012.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 6,3% em 2013, após cair 4% em 2012. "A maior parte da mudança de crescimento de 2012 para 2013 tem a ver com aumento nos investimentos, já que a demanda do governo e consumo das famílias teve contribuição maior em 2012 do que em 2013", explicou a gerente de contas nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca de Palis.

A influência do crescimento da FBCF no PIB só não foi maior porque é o consumo das famílias o que mais pesa. Em 2013, o consumo das famílias teve participação de 62,5% no PIB, enquanto a FBCF somada à variação de estoques contribuiu com 18%. O consumo da administração pública, por sua vez, teve participação de 22%.

Pela ótica da oferta, a agropecuária foi a que mais cresceu em 2013. O avanço de 7% frente a 2012 é o maior crescimento do setor desde 1996. O resultado foi impulsionado pelo aumento na produção de soja, cana-de-açúcar, milho e trigo. Mas foi o segmento de serviços que teve a maior contribuição, em função do peso que tem na economia. Em 2013 a contribuição de serviços para o valor adicionado do PIB atingiu 69,4%, maior percentual pelo menos desde 2000.

O setor externo, por outro lado, contribuiu negativamente para a economia em 2013, com impacto de – 0,9 ponto percentual, em função do aumento maior nas importações do que nas exportações, puxado pela importação de petróleo e gás natural. Esse fator foi o que mais contribuiu para o aumento de 8,4% nas importações em 2013.

O setor de serviços de alojamento e alimentação foi o segundo maior impacto na importação. "Significa que o brasileiro viajou para o exterior e comprou lá fora", disse Rebeca. Outros setores que pesaram na importação de bens e serviços no ano foram máquinas e equipamentos, óleo diesel e peças para veículos. As exportações cresceram 2,5% em 2013, puxadas pela venda de outros equipamentos de transportes, veículos automotores e refino de açúcar.

O aumento dos investimentos também contribuiu para o crescimento da indústria de transformação na passagem de 2012 para 2013. O segmento cresceu 1,9% em 2013 na comparação com o ano anterior, com destaque para máquinas e equipamentos, caminhões e ônibus e móveis.

Dentro da indústria geral, o resultado da indústria de transformação empatou com o da construção civil, entre 2012 e 2013. Nesse período, a produção e distribuição de eletricidade, gás e água subiu 2,9%, enquanto o setor extrativo mineral recuou 2,8%.

"O aumento nos investimentos também foi puxado por programas do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social] e, em parte, por crédito imobiliário, como o Minha Casa, Minha Vida. Houve impacto também do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. O governo fez vários programas que influenciaram positivamente os investimentos", disse Rebeca.

No quatro trimestre, por sua vez, o destaque da indústria foi a produção e distribuição de eletricidade, gás e água. O setor foi puxado pelo crescimento do consumo residencial de energia elétrica. Entre as razões estão o clima e as medidas do governo para redução das tarifas de energia no ano passado.

O segundo segmento industrial com melhor desempenho no quatro trimestre, na comparação com igual período de 2012, foi construção civil, puxado por diversos programas governamentais. O setor de extrativa mineral, por outro lado, teve queda em função da extração de minério de ferro. Em serviços, o destaque foi pra serviços de informação e comércio.

A inflação alta também prejudicou o consumo das famílias em 2013, que cresceu 2,3% no ano, o pior resultado desde 2003, quando o indicador caiu 0,8%.

"De 2004 até 2013, o consumo das famílias só cresceu. Em 2013, observamos desaceleração no consumo das famílias por causa do menor crescimento da massa salarial real e do crédito", afirmou ela. Segundo as Contas Nacionais, a massa salarial real cresceu 2% no ano passado frente a 2012.

O aumento dos impostos ajudou na alta de 1,9% do PIB no quarto trimestre de 2013, na comparação com igual período de 2012, com resultado acima do desempenho do valor adicionado (1,7%).



 
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