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AGÊNCIA CBIC

17/04/2014

Inflação no atacado desacelera, mas repasse para o varejo ainda preocupa

"Cbic"
17/04/2014

Brasil Econômico

Inflação no atacado desacelera, mas repasse para o varejo ainda preocupa

Inflação no atacado desacelera, mas repasse para o varejo ainda preocupa

Após impacto da seca em março, preço de alimentos desacelera e reduz alta do IGP-M

Patrícia Büll

Dois indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam para a desaceleração da alta da inflação. O índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu 0,86% na segunda quadrissemana de abril, depois de avançar 0,96%, na semana anterior. Já o índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve inflação de 0,83% na segunda prévia de abril, após encerrar março em 1,63%.

"A desaceleração era esperada, pois em março captamos o impacto total da estiagem, que trouxe reflexos muito altos nos preços agropecuários. Agora, passados dois terços do mês, a desaceleração se confirma e aponta para um índice fechado menor do que o registrado em março", afirmou ontem o superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros.

A desaceleração do IGP-M foi puxada pelos preços no atacado. O índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu de 1,87% na segunda prévia de março para 0,91% agora. Já os preços no varejo e na construção civil tiveram aumento: o índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,63% na segunda prévia de março para 0 ,76% agora; e o índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,25% para 0,40%.

Segundo Quadros, alguns itens brutos puxaram a desaceleração, como soja, milho e café, que passam por correções após uma alta "exagerada" no mês passado. O economista ressaltou também que a desaceleração não foi generalizada. Carnes e outros derivados da pecuária, como leite, ainda estão em aceleração no atacado. "O aumento da exportação de carne, embora seja uma boa notícia, gera pressão de demanda no mercado interno e os custos ainda podem chegar ao varejo", disse Quadros.

Opinião semelhante tem o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emilio Aliieri. Ele lembra que o reflexo dos IGPs levam até dois meses para chegar ao varejo. Assim, a alta verificada em março no IGP-M ainda irá pressionar os preços do varejo para cima por ao menos mais dois meses, para só então sentir a desaceleração de agora. "Assim, ainda podemos esperar altas no IPCA (índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) por ao menos mais dois meses".

Para o economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, o temor é que a inflação se estabilize em patamares elevados. "Embora a inflação no atacado aponte para a desaceleração, não é o que se vê no varejo, o que leva a crer que a inflação está ganhando algum tipo de indexação. E, quando isso ocorre, ainda que desacelere, será em patamar elevado".

ALTA NOS PREÇOS

0,86%

Foi a alta do IPC-S na 2ª semana de abril após alta de 0,96% na semana anterior



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