Índice revela cidades mais atrativas para lançamentos imobiliários no Brasil em 2025

No primeiro trimestre de 2025, Curitiba, Goiânia e São Paulo se destacaram no Brasil como capitais líderes em demanda imobiliária, cada uma em um segmento específico de renda: econômico (até R$ 12 mil), médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil), respectivamente. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (8), durante o painel ‘Índice de Demanda Imobiliária: locais que mais necessitam de lançamentos imobiliários no Brasil’, que integra a programação do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC). Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o ENIC acontece em conjunto com a 29ª edição da Feicon, na São Paulo Expo, até o dia 11 de abril.

Os dados apresentados hoje fazem parte da terceira rodada do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), que nesta edição analisou dados de 77 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a CBIC.

O estudo utiliza dados anonimizados e transações reais para medir a atratividade das cidades para novos projetos imobiliários. “Desenvolvemos o IDI para fornecer informações precisas sobre onde está a demanda e como o mercado pode atuar de forma mais eficiente”, explica Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge. Esta terceira edição do Índice incluiu um recorte especial: o IDI São Paulo, que trouxe o mesmo levantamento, mas focado nos bairros da maior capital do País. As zonas Sul e Oeste da cidade se destacaram como líderes em demanda imobiliária, cada uma em um segmento específico de renda: a primeira no padrão econômico (até R$ 12 mil), já a segunda nos padrões médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil). Foram analisadas as cinco principais zonas — Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro com potencial para investimentos em apartamentos residenciais.

Para o presidente do CBIC, Renato Correia, o IDI-Brasil se tornou uma importante ferramenta para análise de cenários e tomada de decisões para lançamentos de empreendimentos. “O levantamento traz mais um índice para que as empresas possam somar à cesta de indicadores para tomada de decisão de seus negócios, principalmente na avaliação e planejamento para o fornecimento de habitação para a sociedade”, afirmou.

O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, utilizando seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador é ponderado por especialistas para refletir sua relevância, garantindo um resultado confiável e útil para decisões estratégicas. Os indicadores são Demanda, Dinâmica Econômica, Oferta de Terceiros, Demanda Direta, Atratividade para Antigos Lançamentos e Atratividade para Novos Lançamentos.

Para José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, a apuração dos dados para criação do IDI pode ajudar no desenvolvimento do setor. A comparação do levantamento atual com as primeiras edições mostra que as empresas evoluíram muito, pois deixaram de estar somente no campo das obras e passaram a ter mais conhecimento, o que possibilita a criação de um planejamento para seus lançamentos. “Estamos sempre em busca de aprimorar os índices e dados para ajudar no embasamento das decisões das empresas”, disse. Os dados coletados são trabalhados para permitir cruzamentos e análises detalhadas, que permitem às empresas direcionar seus esforços e investimentos para determinadas regiões ou até cidades específicas. “O índice mostra onde está a demanda, e quais tipos de produtos vão ser melhor recebidos em cada localidade. Quando estes dados são cruzados com a parte qualitativa da pesquisa, pode-se chegar à conclusão do porque esta demanda não está sendo atendida, e como isso pode ser resolvido”, explicou Martins.

Para Fábio Garcez, diretor executivo do CV CRM, o objetivo não é apenas oferecer tecnologia, mas ajudar a trazer informações que permitam aos executivos do mercado imobiliário traçarem as melhores estratégias de lançamentos. “Para isso foi muito importante a ampliação do número de cidades no índice, que traz uma análise mais próxima das necessidades de cada região”, afirma.

O painel também contou com a participação de Cristiano Rabelo, CEO do Grupo Prospecta, que enfatizou a importância da busca contínua das empresas brasileiras por formas de melhorar o mercado. “O índice, construído sob o guarda-chuva de seis indicadores, revela um retrato fiel do setor, mostrando o interesse das pessoas por imóveis, tanto novos quanto usados. O mercado imobiliário vive momentos antagônicos: há períodos ideais para empreender e outros mais propícios para vender. Em cenários de incerteza, por exemplo, a demanda tende a se concentrar nos empreendedores. São janelas distintas, mas todas carregadas de oportunidades”, argumentou.

O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON, apoio do Sistema Indústria e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio oficial da Caixa Econômica Federal e Governo Federal, além do patrocínio da Saint -Gobain, no Hub de Sustentabilidade e Naming Room de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Também são patrocinadores do

ENIC: Itacer; Senior; Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – Abividro, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati, Anfacer, Sienge, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU/SP; Multiplan; Brain; COFECI -CRECI; CIMI360; Esaf; One; Agilean; Exxata; Falconi, Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Unebim, Zigurat; Yazo.