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AGÊNCIA CBIC

11/03/2015

Hostilizada, presidente Dilma fala em recuperação da economia em evento

"Cbic"
11/03/2015

DCI Online – 11 de março

Hostilizada, presidente Dilma fala em recuperação da economia em evento

Em visita à capital paulista, a petista recebeu vaias por parte dos expositores que ajustavam detalhes finais da Feira da Construção, no Anhembi. Cerca de 200 pessoas gritaram "fora Dilma"

Diego Felix

Antes de discursar, Dilma visitou alguns estandes da feira, acompanhada do anfitrião Walter Coven (esq.)

São Paulo – Seguindo a linha adotada no discurso feito em rede nacional, na noite de domingo (8), a presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a defender os ajustes fiscais, promovidos por sua equipe econômica, e disse que espera ver o País retomando a competitividade e o crescimento até o final de 2015.

A presidente participou da abertura do 21º Salão Internacional da Construção e falou por mais de 30 minutos para pequena plateia de lideranças empresariais do setor. Dilma reconheceu a desaceleração da indústria de construção, e prometeu investimentos capazes de recuperar o que foi perdido.

"Não ignoro a desaceleração de nossa economia. Tenho trabalhado de forma sistemática para superar, ainda neste ano, essa desaceleração. Devemos ter presente que o setor alcançou patamar superior nesses últimos anos e hoje é parte importante do papel estratégico de desenvolvimento do Brasil", afirmou Dilma.

Em seguida, a petista traçou "variáveis" importantes para mostrar os avanços e a importância do setor na economia brasileira. Dilma citou o volume de crédito imobiliário, que saiu dos R$ 20,5 bilhões, em 2003, para R$ 498 bilhões, em 2014, representando um crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2002, para 9,7 de representação, ano passado.

A segunda variável é representada pelo emprego gerado na construção civil. Saiu de 1 milhão e cem mil empregos, no inicio da gestão Lula, para 2 milhões e setecentos mil empregos formais.

Este foi, segundo Dilma, uma das principais forças geradoras de melhorias da nova classe média, elevada nos últimos 12 anos de governo do PT em Brasília.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida foram apontados como outras diretrizes importantes do setor.

Problemas de conjuntura

Segundo disse a presidente, o País não vive uma crise estrutural, mas sim de conjuntura político-econômica. Para ela, "não temos mais uma crise que paralise e quebre o país".

"O Brasil passa por um momento difícil, uma das mais complicadas dos últimos anos. Nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem. Temos problemas estritamente conjunturais", disse.

Dilma justificou a conjuntura atual no fato de o governo federal ter retido a crise vivida internacionalmente, entre 2009 e 2014, no orçamento público. Para a presidente os reajustes fiscais vão rearranjar a economia e proteger o país da "segunda fase da crise internacional, a maior desde 1929".

"Vamos segurar essa segunda fase da crise mantendo empregos, desonerando e subsidiando pesadamente governos estaduais e subsidiando o investimento. Vamos ter de ajustar. O Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família vão permanecer intactos", alegou.

Vaias à presidente

Assim que chegou ao pavilhão do Anhembi, na zona norte de São Paulo, Dilma recebeu vaias de parte dos expositores que davam os ajustes finais para a abertura da feira. Foram cerca de duzentas pessoas entoando "fora Dilma" e vaiando a presidente. A pequena manifestação fez com que a petista andasse por apenas alguns estandes e retornando rapidamente para seu carro. Na cerimônia de abertura os empresários foram mais tranquilos. Mas Dilma também não ouviu palavras de todo amenas.

Walter Coven, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), e anfitrião do evento, disse que entende as medidas aplicadas recentemente pelo governo para cortar custos, mas não deixou de fazer solicitações para o setor.

Ele pediu à presidente Dilma, por exemplo, que a Caixa Econômica Federal amplie o volume de crédito para obras e reformas, que hoje é de apenas de R$ 6 bilhões, perante um mercado potencial de R$ 100 bilhões para esse tipo de empréstimo. Segundo o executivo, trata-se de um crédito de boas condições e com taxas baixas, mas que é muito pequeno diante do tamanho do mercado e do que ele pode render.

A presidente também ouviu do dirigente críticas ao pequeno volume de financiamento imobiliário. Segundo ele, o montante hoje é de 9% do PIB e deveria ser maior.

Em seu discurso, ele também solicitou à presidente maior empenho para trazer o setor privado para obras de construção e infraestrutura. De acordo com ele, a infraestrutura tem potencial de investimento de R$ 4 trilhões.

Já Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), pediu que o governo mostre como o País sairá da crise. O dirigente destacou que é preciso "sinalizar movimentos. O clima precisa ser mais bem definido".

Conz também disse que, apesar da crise que segurou o setor, este foi um dos períodos maior produção vividos pela indústria de construção. Ele avalia que esse processo criativo ajuda a baratear os produtos e impulsionar a indústria de forma positiva.

Dilma esteve acompanhada do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), do vice-governador, Márcio França (PSB) e do Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD).

 


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