AGÊNCIA CBIC
Hora de mudança
01/09/2014 |
Revista IstoÉ Dinheiro Hora de mudança Com a desaceleração das vendas, construtoras que apostam em nichos ganham destaque, como a MBigucci Fabrício BEPNARDES De tempos em tempos, assim como a economia, a indústria da construção vive ciclos de alta e de baixa. Depois do boom verificado entre 2009 e 2011, o mercado, ao que tudo indica, bateu no teto. Com isso, os preços dos imóveis sofrem desaceleração desde o ano passado. O poder de compra da população brasileira, afetado pela alta dos juros e pela dificuldade de obtenção de crédito, não pinta um cenário ideal para as empresas da construção imobiliária. O atraso de lançamentos e a diminuição da velocidade de vendas têm sido uma constante. A procura por imóveis novos em São Paulo, por exemplo, diminuiu quase 60% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o Secovi, o sindicato das empresas do setor. "Neste ano, o mercado de trabalho deu alguns sinais de deterioração", diz Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice Fipe/Zap, que acompanha o comportamento do mercado imobiliário em 16 cidades brasileiras. "Com os juros mais altos, a população brasileira não tem mais o mesmo poder de compra." O mercado está se readequando a um novo período, de demanda mais moderada. "O setor imobiliário, agora, opera com bases mais alinhadas à situação econômica e social do País", diz Cláudio Bernardes, presidente do Secovi. Em anos de vacas magras, as empresas que conseguem manter o crescimento ou não deixar cair tanto suas receitas são as verdadeiras vitoriosas. Para driblar o mau momento, as companhias do setor têm adotado estratégias e posicionamentos diferentes. Muitas têm construído apartamentos menores, outras têm apostado no design e na funcionalidade dos empreendimentos. Há, ainda, incorporadoras que focam em mercados mais locais, como em bairros de alta procura ou em cidades dormitórios próximas de grandes cidades. A MBigucci, construtora e incorporadora com sede em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DA DINHEIRO, é um exemplo dessa postura. Na primeira metade deste ano, a empresa comemorou a marca de um milhão de metros quadrados construídos. No ano passado, a MBigucci apresentou receitas próximas a R$ 250 milhões, alavancadas pelas |
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