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AGÊNCIA CBIC

14/12/2023

GT de Segurança Hídrica e Cidades Resilientes realiza 1ª Reunião para planejar ações em 2024

Na tarde desta quinta-feira (14), o Grupo de Trabalho de Segurança Hídrica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reuniu-se para estabelecer o plano de trabalho para o ano de 2024. Com o objetivo de fomentar discussões sobre governança, investimentos em medidas compensatórias e infraestrutura hídrica, o grupo busca promover a participação social e o engajamento de diversos setores da sociedade. 

A meta é contribuir para uma gestão hídrica eficaz capaz de enfrentar os desafios da escassez de água e das mudanças climáticas. O GT é uma iniciativa das Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC. 

Virgínia Sodré, consultora convidada para discutir o tema, destacou a desigualdade na distribuição natural de água no Brasil. Com mais de 68% dos recursos hídricos concentrados na região Norte, que abriga apenas pouco mais de 6% da população brasileira, ela ressaltou a urgência em enfrentar os desafios da redução da disponibilidade hídrica, a crescente demanda e os conflitos dos usos múltiplos da água.

“Crescimento do Adensamento Urbano em Áreas com Estresse Hídrico” foi um ponto enfatizado por Sodré, que alertou sobre a concentração de 71,56% da população brasileira e 70,8% do PIB Industrial em áreas já hidricanicamente estressadas. Além disso, 50% da produção agrícola e apenas 9,3% da água doce estão presentes nessas regiões, evidenciando a necessidade de atenção urgente.

A consultora ressaltou que a segurança hídrica é alcançada quando há disponibilidade suficiente de água, qualidade para atender às necessidades humanas, atividades econômicas e conservação dos ecossistemas aquáticos, acompanhada de um nível aceitável de risco em relação a secas e enchentes.

Em relação ao cenário brasileiro, Sodré apontou um déficit nos serviços de água, esgoto e drenagem urbana. Ela informou que apenas 84% das residências têm acesso a água tratada, 55% contam com coleta de esgoto, e somente 51% do esgoto coletad o recebe tratamento. Para reverter essa situação, são necessários investimentos significativos, com um déficit de R$142 bilhões em água e R$215 bilhões em esgoto. Nos últimos anos, foram investidos pouco mais de R$13 bilhões por ano (2020).

Além disso, a disposição inadequada de resíduos sólidos, aproximadamente 40% do total gerado, e a infraestrutura de drenagem precária em cerca de 28% dos municípios, com as regiões metropolitanas representando 30%, agravam o panorama.

Membro do GT, Ilso Oliveira, vice-presidente da área de Obras Industriais e Corporativas da CBIC, destacou a urgência de uma agenda voltada para o tema e a importância de definir um cronograma de reuniões específico para o trabalho. Ele ressaltou a necessidade de mobilizar a indústria da construção para contribuir ativamente na busca por soluções.

Nilson Sarti, vice-presidente da área de Meio Ambiente da CBIC, enfatizou a importância do Grupo de Trabalho e a relevância do tema para o setor. Ele destacou que a colaboração entre diferentes setores é essencial para superar os desafios relacionados à segurança hídrica, e que o GT desempenhará um papel fundamental nesse processo.

Com a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Segurança Hídrica, a CBIC reforça seu compromisso em enfrentar os desafios relacionados à gestão hídrica no Brasil, promovendo a união de esforços e o desenvolvimento de soluções inovadoras para garantir a segurança hídrica no país. O grupo se propõe a ser um catalisador de iniciativas que contribuam para um futuro mais sustentável e resiliente diante dos desafios ambientais.

O tema tratado na reunião  tem interface com o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), e com o projeto “Sustentabilidade das Empresas do Segmento de Obras Industriais e Corporativas”, da COIC/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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