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AGÊNCIA CBIC

14/02/2011

Governo vai qualificar oito mil trabalhadores para construção civil

 

14/02/2011 :: Edição 037

Jornal Alagoas 24 horas/BR  |   /13/02/2011

governo vai qualificar oito mil trabalhadores para construção civil

A necessidade de mão de obra qualificada para ser absorvida
pelo mercado formal de Alagoas tem levado o governo do Estado a investir em
políticas e parcerias para absorver trabalhadores de todas as categorias
profissionais, sobretudo dos segmentos com crescimento mais significativo, a
exemplo de supermercados, turismo e construção civil.

De acordo com o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e
Renda (Seter), Herbert Motta, o Governo vai firmar parceria com a Federação das
Indústrias do Estado (Fiea) e com o governo federal para lançar um plano de
qualificação voltado à capacitação de pelo menos oito mil trabalhadores para
atuar na reconstrução dos municípios destruídos pelas enchentes.

Em situação normal, segundo Motta, a construção civil absorve
por ano em média mil trabalhadores. No entanto, o desastre natural que culminou
na destruição de casas, pontos comerciais, estradas e pontes provocou o salto
na necessidade de contratação de pintores, pedreiros, serralheiros,
carpinteiros, azulejeiros, entre outras categorias envolvidas no trabalho de
reconstrução. Além disso, a demanda por profissionais do segmento também
aumentou em função do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal.

Outra preocupação do Governo do Estado diz respeito aos
trabalhadores do setor sucroalcooleiro que ficam ociosos no período de
entressafra. Segundo Motta, nos meses de abril a setembro, homens e mulheres
que trabalham no setor ficam desempregados, uma vez que não têm formação para
serem absorvidos pelo mercado formal. “A Secretaria de Trabalho está se
articulando com outros órgãos do governo, sistema “S”, Federação das
Indústrias, Associação Comercial e setor sucroalcooleiro, no sentido de
qualificar este contingente de trabalhadores para atuar na construção civil”.

De acordo com o secretário de Trabalho, a meta do governo é
transformar uma situação difícil em outra alternativa para o trabalhador da
cana. “O governador Teotonio Vilela nos recomendou que buscássemos uma forma de
aproveitar esta mão de obra, qualificando-a e oferecendo-lhe a possibilidade de
migrar para outros segmentos profissionais”, disse.

Segundo Herbert Motta, o processo de mecanização da moagem da
cana-de-açúcar é uma realidade que deve se consolidar até 2020 e poderá
provocar desemprego em massa. Outros estados já estão absorvendo a mão de obra
da cana-de-açúcar para a construção civil. “Alagoas já está perdendo estes
trabalhadores para outros estados. A meta é qualificarmos pelo menos 10 mil dos
40 mil da cana-de-açúcar”, destacou o secretário do Trabalho.

Ele disse que, para isso, são necessários recursos na ordem de
R$ 8 milhões e que na próxima quarta (16), volta a se reunir com o secretário
de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho, Carlos Simi, para falar sobre
as dificuldades de orçamento e requisitar mais recursos para a pasta. “A
dotação orçamentária é fator determinante para cumprirmos o cronograma”,
ressaltou.

Trabalhadores autônomos recebem orientação

Outro perfil de trabalhador em que a Seter pretende centrar
esforços é o trabalhador do mercado informal, que por ter baixa escolaridade,
tem dificuldade de ser aceito pelos empresários, independente do setor.

“Antes de ter qualificação, o profisisonal tem de ter instrução
e muitos são analfabetos ou semianalfabetos. O Estado precisa avançar na política
de alfabetização e está fazendo isso com o Geração Saber. A saída para esta
leva é a ocupação pela prestação de serviço autônomo”, disse o secretário.

O diretor de Ocupação e Renda da Seter, Antônio Carlos dos
Santos, afirmou que a Central de Autônomos tem, atualmente, 700 profissionais
cadastrados e 360, deste universo, foram intermediados pelo Sistema Nacional de
Empego (Sine) para exercer suas atividades.

Entre os trabalhadores cadastrados na Central de Autônomos,
estão eletricistas, pintores, mecânicos, carpinteiros, cuidadores de idosos e
empregados domésticos (diaristas, passadeiras, faxineiras e lavadeiras).
Antônio Carlos explica que os trabalhadores passam por um processo de seleção
psicológica, ocupacional e comportamental. “O INSS capacita-os com noções de
direito previenciário, para que saibam que podem pagar o carnê de contribuição
e o Governo faz o dossiê de responsabilidade do cidadão.

“O Senac capacita as empregadas domésticas e o Senai, os
profissionais da área industrial, a exemplo dos eletricistas”, destacou Carlos,
lembrando que os cadastrados têm carteirinha com o código de segurança. “As
pessoas das classes média e alta são as que mais absorvem os profissionais da
Central. Quando eles são encaminhados pelo Sine às residências ou estabelecimentos
comerciais, têm de apresentar a carteirinha, que é uma forma de conferir
credibilidade e segurança para quem está contratando-os”, reforçou o diretor.

Parceria com a indústria formou 3.200 pessoas em 2010

O convênio com a Federação das Indústrias ainda não foi
firmado, mas a expectativa é de que as aulas sejam iniciadas dentro de 30 dias.
Segundo o presidente da Federação, José Carlos Lyra, os cursos serão
ministrados pelo Senai nos locais onde há carência de mão de obra, que será
mapeada por pesquisa. “Onde houver obra de emergência, o Senai vai estar
formando mão de obra”, garantiu. No ano passado, a parceria entre o Governo e a
Federação resultou na qualificação de cerca de 3.200 pessoas.

O secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento
Econômico, Luiz Otavio Gomes, também destaca a chegada de empreendimentos
privados que se instalaram no Estado nos últimos anos e as obras do Programa da
Reconstrução como os grandes geradores de postos de trabalho nos últimos meses
em Alagoas.

“Aqui nós temos duas situações. Primeiro, temos o grande volume
de empreendimentos privados que se instalaram nos últimos quatro anos,
principalmente indústrias, hotéis, centros comerciais de grande porte, dentre
outros. Em segundo lugar, temos o Programa da Reconstrução, que fez com que
tivéssemos que construir aproximadamente 18 mil novas unidades habitacionais.
Por mais mão de obra que se tenha, não seria possível atender a toda essa
demanda”, destaca Luiz Otavio.

“Além disso, o Programa Acreditar, da Organização Odebrecht, em
convênio com o governo de Alagoas, a Fiea, o Senai e a prefeitura de Marechal
Deodoro, está capacitando 2 mil pessoas que já estão trabalhando – ou irão
trabalhar – na nova planta de PVC do Estado, que fica no Polo José Aprígio
Vilela, em Marechal”, completa Luiz Otavio.


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