Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

26/09/2013

Fortaleza ´capital da construção´

"Cbic"
26/09/2013

Diário do Nordeste

Fortaleza ´capital da construção´

Encontros pretendem elaborar soluções que contribuam para o avanço da construção civil em todo o País

Após receber grandes eventos de setores importantes da cadeia produtiva, como o atacadista, de moda e de calçados, Fortaleza deve se tornar, em outubro, uma espécie de "Capital da construção civil". Isso porque, logo na primeira semana do mês que vem, o Centro de Eventos do Ceará (CEC) será palco de três acontecimentos de peso para o setor.

O evento mais importante, até por reunir os principais especialistas e empresários do setor no Brasil, será o 85ª Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que pela quinta vez será realizado em Fortaleza, entre os dias 2 e 4 de outubro. Mais focados nos consumidores, que poderão conhecer os principais lançamentos e novidades do ramo imobiliário, o 5º Salão Imobiliário Ceará (Simc) e a 3ª ExpoConstruir – Feira de Materiais e Sistemas Construtivos também acontecerão no Centro de Eventos, em paralelo ao encontro nacional. O Simc, porém, só começa no dia 3.

"Isso mostra que o Ceará é um destaque na construção civil", afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio, ao avaliar a realização dos três eventos no Estado.

Soluções para o setor

Esperando contar com a presença de mais de 1,2 mil participantes, o Enic não pretende apenas levantar assuntos importantes sobre o setor, mas elaborar soluções que possam contribuir para o crescimento da construção civil em todo o País.

Carta ao governo "Queremos sair do encontro com uma carta que contenha nossas sugestões ao governo. Daí a importância da presença dos ministros Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão), que confirmaram suas respectivas vindas", comenta Roberto Sérgio. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também avalia participar do evento. "A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) fez o convite e ele ficou de avaliar sua disponibilidade. Eu também convidei pessoalmente a presidente Dilma Rousseff", acrescenta.

Assim como ocorreu no ano passado, quando foi realizado em Belo Horizonte (MG), o Enic terá, pelo turno da manhã, dois grandes painéis, enquanto o turno da tarde ficará reservado para as mais de 70 palestras sobre segmentos ligados ao setor da construção, como tecnologia, investimentos, educação do trabalho, meio ambiente e materiais.

´Calos´ do setor

De acordo com Roberto Sérgio, os painéis visam tocar em alguns calos do setor. "Na quinta-feira (3), a discussão, que inclusive contará com a presença da ministra Miriam Belchior, será sobre a burocracia brasileira, que limita a nossa situação sob vários aspectos. Na sexta-feira (4), colocaremos nossa cara à tapa para falar sobre algumas rotulagens que recebemos, tais quais: depredadores do meio-ambiente, especuladores imobiliários e campeões em acidentes trabalhistas. Será uma oportunidade esclarecermos os assuntos com a plateia, que poderá interferir", explica.

Vendas também

Oportunidade para construtoras, imobiliárias e incorporadoras negociarem seus produtos e apresentarem lançamentos, o 5º Simc pretende receber 15 mil visitantes durante seus quatro dias de funcionamento.

Com imóveis para todos os bolsos, variando de R$ 100 mil a R$ 2,5 milhões e distribuídos entre as 14 empresas expositoras, o evento tem a expectativa de gerar R$ 300 milhões em negócios.

Com uma expectativa de público um pouco menor, projetada em 12 mil visitantes, a ExpoConstruir também tem uma meta ambiciosa de geração de negócios: R$ 100 milhões.

A feira vai reunir 200 marcas expositoras de vários estados do Brasil e permitirá ao público tomar conhecimento de tudo que envolve o processo produtivo do setor de construção.

CE acima da média do País neste ano

Apesar de uma pesquisa recente divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontar para um desaquecimento da construção civil, que, segundo o levantamento, manteve-se praticamente estável em agosto, o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio, diz ainda acreditar em um crescimento de 3% no fechamento do ano. Segundo ele, o Ceará deve inclusive ficar 2 pontos percentuais (pp) acima da média nacional.

"A construção não está com resultados negativos, apenas crescendo menos do que em anos anteriores. É óbvio que não temos a pretensão de registrar, neste ano, um resultado excelente como o de 2011, de 7,5%, mas considero o ritmo bom", opina.

Sobre uma possível superioridade da média cearense na comparação com a nacional, o presidente do Sinduscon-CE destaca um diferencial do Estado que julga decisivo. "O que ocorre é que temos um déficit habitacional muito grande, que não deve acabar nos próximos 10 anos. Isso culmina em um mercado imenso que temos para vender", diz.

Desafio é reduzir espaços

Para Roberto Sérgio, o maior desafio do setor de construção civil cearense é exatamente saber como explorar o mercado local. Conforme diz, "gente querendo comprar um imóvel não falta, mas o número de pessoas que realmente podem fazer essa aquisição não é tão grande assim". Dessa forma, ele afirma que é necessário que as empresas do Estado sejam criativas e tentem produzir unidades mais econômicas, com espaços menores. "Assim poderemos atingir um maior público", completa.

Questionado sobre o preço do metro quadrado de Fortaleza, que segundo o indicador FipeZapo foi o sexto mais caro do País no mês passado, o presidente do Sinduscon-CE disse que "os valores estão estagnados" e que "fazem dois anos que não crescem mais do que a inflação".

Minha Casa, Minha Vida

No que diz respeito ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que iniciou 2013 com aproximadamente 5 mil unidades contratadas no Ceará, Roberto Sérgio estima que um total de 16 mil unidades devem ser contratadas até o fim deste ano, incluindo Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. "Elas não necessariamente serão entregues nesse período, mas acredito que em meados de 2014 isso acontecerá", opina.

Nacionalmente o MCMV contratou, até setembro, cerca de 28 mil unidades habitacionais através da Caixa. Segundo a entidade financeira, já são mais de mil entidades organizadoras habilitadas para poder participar do programa. Apenas em 2013, foram contratadas 10.087 moradias na Caixa e a previsão é de que sejam fechados 15 mil contratos até o final do ano.

ÁQUILA LEITE
REPÓRTER
 

 



"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Maio/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Assilcon
Sinduscon PR – Noroete
Sinduscon-ES
Sinduscon-AM
Sinduscon Sul – MT
Sinduscon-SE
Sinduscon-RR
Sinduscon-Costa de Esmeralda
Sinduscon Anápolis
SINDUSCON – SUL
AEERJ – Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro
Ademi – AL
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea