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05/09/2011

Estado e prefeitura reutilizam e até revendem entulho

"Cbic"
05/09/2011 :: Edição 172

 

Extra Online/RJ 03/09/2011
 

Estado e prefeitura reutilizam e até revendem entulho

A quantidade de obras no Rio não deixa dúvidas: a Cidade Maravilhosa já se prepara para estender seu hospitaleiro tapete para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas o tratamento intensivo de beleza tem seus sacrifícios. Enquanto aguarda o visual das novas curvas do município, o carioca vai se acostumando à poeira e aos montes de escombros. E se pergunta, desconfiado, para onde vai todo esse entulho. Para debaixo do carpete de boas-vindas?
 Antigamente, o destino seria inevitavelmente os aterros da cidade. Mas a moda recente no mundo da construção civil é reaproveitar os escombros de demolição nas próprias construções. O Rio está cheio de exemplos. O mais emblemático é o Maracanã, onde mais de 90% do material demolido foi reaproveitado, como base de aterros para guindastes e tratores. Já foram reciclados ali 42.744 metros cúbicos – o que equivalente a 5.343 viagens de caminhão.
 Frentes bilionárias
 Somadas, são milhares de frentes públicas e privadas. En$as públicas, as cifras são bilionárias. Só na carteira de empreitadas fiscalizadas pela Empresa de Obras Públicas (Emop) do governo do estado, são ao todo mais de 500 intervenções urbanísticas – PAC de Manguinhos, Cidade da Polícia, Maracanã, entre outras – envolvendo R$ 3,5 bilhões. Sob a batuta da Secretaria municipal de Obras, o montante é de R$ 5 bilhões relativos a 2 mil frentes de obras e mais de 700 contratos.
 No mercado imobiliário, as britadeiras também estão a todo vapor. Dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) dão conta que – a reboque de programas populares e atuação de construtoras – 19 mil unidades habitacionais foram lançadas no último ano.
 E, à medida que as novas formas vão aparecendo, o entulho vai sendo produzido. Somente na escavação do Túnel da Grota Funda, que está sendo perfurado como parte do projeto de criação do corredor de ônibus da Transoeste, foram gerados 250 mil metros cúbicos de detritos, o equivalente a 35 mil viagens de caminhão. O material foi totalmente reutilizado na terraplanagem da obra de duplicação da Avenida das Américas.
 
 Reutilizar na própria obra o entulho não é apenas uma solução ecológica. Depois de se demolir uma construção, cria-se um problema: retirar os detritos e fazer o que se chama de beneficiamento. Isto é: triturar e separar o material até que ele vire brita. Fora o transporte, que é caríssimo.
 Segundo Lydio Bandeira de Mello, presidente da Comissão de Materiais e Tecnologia do Sindicato da Indústria de Construção Civil no Estado do Rio (Sindiscon), o custo do transporte de escombros gira, numa empreitada, em função da distância do local do descarte. Uma caçamba de entulho com 5 metros cúbicos custa, em média, de R$ 130 a R$ 180.
 De acordo com o gerente de Obras em Vias Especiais da Secretaria municipal de Obras, Eduardo Fagundes, a pasta paga R$ 20 por tonelada que precisa ser transportada dos canteiros de obras da Transcarioca e Transoeste.
 – Se fôssemos levar para um centro de tratamento de resíduos todos os escombros que resultaram das escavações do Túnel da Grota Funda, a prefeitura gastaria, só com transporte, R$ 50 milhões – diz o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto.
 Inovação mesmo fez a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Depois de demolir, em dezembro, a ala sul do Hospital do Fundão, inutilizada desde a inauguração da unidade, em 1960, a administração tinha uma outra decisão importante a tomar. O que fazer com 55 mil metros cúbicos de blocos de concreto? A solução encontrada foi leiloar o material, a um lance mínimo de R$ 1, valor pago por uma empresa paulista .
 – Economizamos com o transporte e o beneficiamento cerca de R$ 8,5 milhões. Como cada caminhão tem uma caçamba com capacidade de 8 metros cúbicos, seriam necessárias 6.800 viagens – diz o vice-prefeito da Cidade Universitária, Paulo Mário Ripper.
 Nas obras do governo do estado, só na do Maracanã os escombros são reutilizados:
 – Nas demais, a gente vende parte do material (ferragem, por exemplo) e outra parte vai para os aterros – diz o presidente da Emop, Ícaro Moreno.
"Cbic"

 

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