Workshop avalia trabalho de conselhos de desenvolvimento em prol das cidades

O coordenador de "O Futuro da Minha Cidade", Silvio Barros, ressaltou a importância da colaboração entre sociedade e governo.

Avaliar o desempenho e buscar novas soluções foi o foco do III Workshop sobre Resultados e Ações Futuras do Projeto ‘O Futuro da Minha Cidade’, que começou nesta quinta-feira (21), em Curitiba. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o encontro reuniu representantes de conselhos de desenvolvimento econômico, sustentável e estratégico de diversos municípios, que apresentaram trajetória e projetos das entidades.

A abertura do workshop ficou a cargo do coordenador de O Futuro da Minha Cidade e ex-prefeito de Maringá, Silvio Barros, que abordou a importância da iniciativa. “Quem não sabe para onde vai, não chega. Quem sabe qual será o Brasil que estaremos vivendo daqui a 20 anos? Esse projeto provoca comunidades e lideranças para serem protagonistas e não reféns do futuro”, enfatizou.

Barros também ressaltou o trabalho essencial das entidades de interlocução com as comunidades, como os conselhos e associações, para esse trabalho. “É importante que esses órgãos trabalhem junto com as prefeituras”, disse.

Líderes de conselhos apresentam trajetória das entidades

A seguir, três presidentes de conselhos locais fizeram apresentações individuais, nas quais trataram de como as entidades foram criadas, composição e funcionamento, além dos projetos em andamento atualmente.

A primeira foi a diretora do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Juliana Afonso. “Cada vez estão aparecendo mais megametrópoles, é uma tendência mundial. Temos que nos preocupar hoje com o planejamento de todo esse crescimento que vai chegar”, comentou.

Criado em 1996, o Codem foi o primeiro órgão do tipo no Brasil. Ele surgiu a partir do movimento social “Repensando Maringá” e hoje funciona como uma importante ferramenta para o poder público, com 22 voluntários.

A seguir, houve apresentação do presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Brasília (Codese-DF), Paulo Muniz. Fundada em 2017, a entidade trabalha em colaboração com o executivo local e, desde este ano, integra o Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do Distrito Federal.

“Na época da criação do Codese, estávamos num momento muito delicado, com problemas em todos os setores. Foi muito interessante conseguir juntar as federações, sindicatos, associações, conselhos, entre outros. Hoje, são mais de 90”, contou Muniz.

Para finalizar o primeiro dia, o evento contou também com exposição do presidente do Codese Manaus, Antônio Azevedo. Ele também destacou a relevância da atuação de órgãos como esse. O de Manaus foi criado em 2018.

“Estamos ajudando a construir um novo país. A sociedade civil representa os homens de bem doando horas cívicas em benefício da nossa cidade, nosso estado e nosso país”, resumiu Azevedo.

Segundo dia do workshop terá troca de experiências

As palestras desta quinta-feira (21) foram transmitidas ao vivo pelo perfil de Youtube da CBIC, onde estão disponíveis na íntegra.

O workshop é o terceiro do tipo promovido pela CBIC e ocorre na Expo Barigüi e continua nesta sexta (22), com dinâmicas de compartilhamento de experiências. As atividades acompanham a programação do Smart City Expo Curitiba 2019 — segunda edição brasileira do maior evento sobre cidades inteligentes do mundo.

O Futuro da Minha Cidade é uma iniciativa desenvolvido desde 2012 pela CBIC — por meio da Comissão de Meio Ambiente (CMA) —, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional). O objetivo é mobilizar a sociedade civil para participar ativamente na gestão das cidades e no desenvolvimento de alternativas para a sustentabilidade urbana.

O coordenador do futuro, Sílvio Barros, resumiu o propósito de O Futuro da Minha Cidade no discurso de encerramento do workshop de hoje: “O grande desafio para chegar a um resultado positivo no planejamento das cidades é saber fazer a pergunta certa. Este é o papel da CBIC e deste projeto, provocar os cidadãos a se fazerem as perguntas certas de onde queremos chegar e como serão as nossas cidades no futuro.”