AGÊNCIA CBIC
Eleição é outro fator de incerteza
20/05/2014 |
DCI Online Eleição é outro fator de incerteza O cenário desafiador no mercado de construção fez, pela primeira vez na história, o Sindicato da Construção (Sinduscon-SP) rever para baixo a perspectiva de crescimento do setor. Entre as incertezas do mercado apontado pelo presidente da entidade, Sérgio Watanabe, a perspectiva da reeleição de Dilma Rousseff à Presidência e os problemas do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, são decisivos para diminuir o otimismo da indústria da construção civil. DCI: Qual a perspectiva de incremento da construção este ano? Sérgio Watanabe: Ano passado esperávamos um crescimento de 2,5% este ano. Em função do crescimento pequeno registrado nos três primeiros meses de 2014, esperamos agora um crescimento de 1% a 3%, dependendo do desempenho do Produto Interno Bruto [PIB]. DCI: Como o empresário do setor está encarando a economia atual? SW: Os indicadores apontam uma perspectiva negativa da economia para ao longo de 2014, isso prejudica o desempenho de empresas da indústria, comércio e serviços. DCI: Há uma perspectiva de melhora no setor para 2015? SW: As perspectivas também são ruins para 2015. O País precisa se aprumar para crescer. DCI: Em sua opinião, o mercado pode reagir melhor em situação de mudança de presidente? SW: Acredito que o empresariado está respondendo mal à política econômica da presidente Dilma, vide os indicadores na Bolsa que sobem, mediante à queda de intenção de votos na candidata. O otimismo pode aumentar em um cenário de mudança do governo. DCI: O ex-presidente Lula, que iniciou o programa Minha Casa Minha Vida, foi bem aceito pelos empresários da construção? SW: Sim, o primeiro mandato do Lula foi positivo e houve apoio da cadeia da construção civil. A Dilma começou na mesma linha, mas errou em alguns aspectos que resultou nessa sensação de insegurança na economia brasileira. DCI: Quais os principais problemas do programa Minha Casa Minha Vida? SW: A primeira fase, em 2009, foi o melhor momento do programa. As condições para aquisição de um imóvel eram mais acessíveis. Depois disso tivemos problemas. Mas o programa é bom e já vendeu mais de 3,3 milhões de imóveis. |
|