
AGÊNCIA CBIC
Construção civil cresce abaixo do esperado, mas o setor prevê retomada
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03/12/2013 |
O Estado do Maranhão Construção civil cresce abaixo do esperado, mas o setor prevê retomada Desempenho das empresas do setor tem queda de 4,5% no ano, mas previsão é de que no próximo ano o setor se recupere e o desempenho fique em 2,8%. São Paulo – O desempenho das empresas do setor da construção caiu 4,5% em 12 meses, e alcançou um patamar negativo, apesar de uma leve recuperação em novembro, segundo dados da sondagem realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon -SP). Pela primeira vez desde 2006, o crescimento do PIB da construção deve ser menor do que o PIB nacional, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenada pela pesquisadora Ana Maria Castelo. O PIB do setor deve crescer 2%, enquanto o do Brasil, 2,5%. No fim do ano passado, a expectativa de crescimento era de cerca de 3,5% a 4%. Em 2014, a construção deve apontar para uma leve recuperação e ficar em 2,8%. Na avaliação da economista Ana Maria Castelo, o que influenciou o desempenho mais fraco, neste ano de 2013, foi o segmento da infraestrutura. "O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] andou em ritmo mais devagar", destacou. Para ela, as concessões ainda vão demorar um pouco mais para serem captadas na avaliação de desempenho do setor. A economista destacou o fato de que já há uma mudança na percepção dos empresários quanto aos retornos dos investimentos com tendência mais positiva para 2014, segundo mostram as pesquisas de sondagem. Empregos – Dados divulgados ontem pelo setor mostram que o número de empregados com carteira na construção civil atinge em torno de 3,5 milhões, com crescimento previsto em 1% neste ano e 1,5% em 2014. O emprego na construção, tanto no setor imobiliário, quanto no de infraestrutura, apresentam perspectivas de crescimento negativo, apesar do saldo positivo na geração de vagas em 2013 e do pleno emprego. Segundo Castelo, o ciclo imobiliário iniciado em 2010, ano de grande crescimento, está chegando ao fim. O novo ciclo, no entanto, ainda não ganhou força. A retomada do setor deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2014 e, mesmo assim, muito mais pulverizada. Nesse cenário, há muitas obras sendo entregues, mas poucas se iniciando, afirma a pesquisadora. Um reflexo disso é que a indústria de materiais de acabamento terá um faturamento 7,1% maior em 2013 do que no ano anterior, enquanto a de materiais de base (como cimento, usado nas fases iniciais da obra) crescerá apenas 2,8%. Em 2014, é esperado um crescimento de 5% dos materiais de base e de 7% dos de acabamento. Mais – A contratação de pedreiros e outros profissionais da construção civil ficou mais cara em novembro depois da estabilidade registrada em outubro pela pesquisa que calcula o Índice Nacional de Custo da Construção. A variação no mês foi 0,27%, ante 0,33% em outubro. Os dados revelam que a pressão sobre os custos dos empreendimentos imobiliários foi contida pela redução no ritmo de reajuste dos materiais. – O cálculo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que desde janeiro a taxa acumula alta de 7,82% e, nos últimos 12 meses, 8,12%. |
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